O Brasil quer investir no uso de uma tecnologia que, em cinco anos, promete transformar as TVs de plasma em peças de museu. Trata-se de um novo tipo de semicondutor, orgânico, chamado de Organic Light Emission Diode (oled). Ela permitirá a construção de televisores ainda mais finos do que os atuais modelos de plasma e LCD.
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), braço do governo para a execução da política industrial, assinou ontem um termo de compromisso com a Cambridge Display Technology, a empresa que mais detém patentes em oleds no mundo.
A intenção da ABDI é criar uma parceria público-privada na área de tecnologia, e implantar uma fábrica de oleds em São Carlos (SP). Também participam do projeto o Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), a Aegis, produtora de semicondutores, e o grupo Encalso, que atua na área de infra-estrurura.
"Essa é a tecnologia que vai dominar nos próximos 20 anos o setor de eletrônica e em outras áreas de alta tecnologia", disse à Agência Estado o gerente de Programas Estratégicos da ABDI, Edmundo Machado de Oliveira. Ele explicou que, atualmente, os oleds são utilizados para produzir displays de celular e painéis eletrônicos.
