A poluição atmosférica em grandes cidades industriais tem um efeito negativo sobre a saúde de um bebê em fase de gestação. Pesquisadores como os do departamento de medicina preventiva da Universidade de São Paulo (USP) tentam descobrir como essas relações funcionam de forma precisa, para que os efeitos possam ser minimizados no futuro. “É possível afirmar, por exemplo, que a poluição atmosférica em São Paulo, vamos dizer assim, desloca a curva de peso da criança no momento do nascimento para a esquerda”, disse o epidemiologista Nelson Gouveia, da Faculdade de Medicina da USP. Isso quer dizer, entre outras coisas, que quando expostas a concentrações elevadas de monóxido de carbono e material particulado, principalmente, os recém-nascidos vão nascer com um peso um pouco abaixo do que se tivessem sido gerados em locais menos poluídos. Segundo Golveia, ao crescerem com peso baixo, esses indivíduos poderão, com mais freqüência, desenvolver problemas de saúde, inclusive, na fase adulta.

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