Apoio a pesquisa científica é restrito

No Brasil, o apoio à pesquisa científica ainda é muito pequeno se comparado ao incentivo dado em alguns países da Europa e nos Estados Unidos. Devido a isso, muitas boas idéias deixam de ser desenvolvidas e adquirir viabilidade econômica.

Segundo a professora do departamento de Física da UFPR, Silvia Schawab – que ontem participou do Encontro de Jovens Pesquisadores do Cone Sul, no Centro Politécnico, em Curitiba – as principais entidades de fomento à pesquisa no Brasil são a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Ensino Superior e o Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento (CNPq).

Porém, os valores repassados por essas instituições não são suficientes para atender à demanda de pesquisas realizadas dentro das faculdades e universidades brasileiras. “O grande problema é que, na maioria das vezes, os professores precisam ter doutorado para poderem se candidatar e receber o apoio das instituições”, comenta Silvia. “Assim, professores em formação e alunos de iniciação científica, isto é, pessoas com menos de 35 anos de idade, ficam sem ter a quem recorrer diretamente”.

Em função da carência de financiamento, a cada ano muitas inovações tecnológicas brasileiras, que poderiam ser voltadas ao bem-estar dos próprios brasileiros, deixam de ser levadas a cabo. “As pessoas têm idéias, mas precisam de dinheiro para executar seus projetos”, declara a professora.

Vários estados brasileiros possuem organismos próprios de fomento à pesquisa, mas geralmente os valores investidos também são considerados insuficientes. No Paraná, alguns projetos costumam ser financiados pela Fundação Araucária, entidade ligada à Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia.

Evento

O Encontro de Jovens Pesquisadores do Cone Sul é promovido pela Associação das Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM), que reúne quinze universidades públicas do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A UFPR integra a associação desde 1994.

Ontem, durante o evento, cerca de quinhentos jovens dos países que compõem o grupo apresentaram um total de 429 trabalhos nas áreas de Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional e Urbano, Ciência Políticas e Sociais, Mercosul e Integração Regional, Agroalimento, Produção Artística, entre outros.

O objetivo do encontro era promover a integração científica, educacional e tecnológica entre os pesquisadores dos países participantes, possibilitando a criação de uma rede de informações.

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