Um agricultor da cidade maranhense de Coroatá, há 200 quilômetros da capital São Luís, guardava cerca de 70 fósseis de dinossauros de 110 milhões de anos. A descoberta aconteceu em julho de 2003, quando o professor de biologia Vitorino Coelho de Sousa ouviu comentários sobre estranhas pedras semelhantes a ossos coletadas por Alexandre Marques Vaz, um plantador de mandioca, batata, arroz e milho.
Vaz recolheu os fósseis ao longo de 13 anos, nas margens do Itapecuru, rio que corta Coroatá. Sua coleção era guardada com zelo e forrava o chão de um dos cômodos de sua casa.
De acordo com o paleotólogo Manuel Alfredo Medeiros, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a maior parte dos ossos petrificados da coleção de Vaz é de saurópodes – dinossauros herbívoros com cauda e pescoço longos. Para Medeiros, o fóssil pertence a uma nova espécie de saurópode.
O agricultor doou uma vértebra de saurópode ao Laboratório de Paleontologia da UFMA. O restante do acervo ficará guardado na Casa de Cultura de Coroatá.