Anteriormente se pensava que as expressões faciais mais fáceis de reconhecer tinham função meramente comunicativa e social entre os seres humanos. Mas cientistas descobriram que esta expressão, a do terror, não é apenas coisa de cinema, mas realmente serve uma função biológica ao alterar a maneira que os sentidos percebem o mundo.
A nova hipótese afirma que mudanças na expressão levam a diferentes quantidades de entrada de dados sensoriais. É o que afirma Joshua Susskind, psicólogo graduado pela Universidade de Toronto que trabalhou no estudo testando a função das expressões faciais. “A idéia e que o medo é para a vigilância. Você pode esperar que as mudanças no rosto, como olhos arregalados, possam ser características do medo porque você está tentando obter mais informações do seu ambiente.”
Olhos semi-cerrados e nariz fechado
Para testar esta hipótese, Joshua e seu colaborador, Adam Anderson, e outros colegas usaram imagens de rostos de pessoas que posavam com expressões associadas ao medo e repulsa. Usando modelos estatísticos, a equipe analisou as faces e descobriu que duas expressões produziam os efeitos faciais opostos.
Em seguida os cientistas testaram que funções estas mudanças faciais serviam. Eles tomaram diversas medidas de percepções sensoriais como volume de ar inalado, largura do campo visual e da visão periférica e a velocidade do rastreamento visual. Os pesquisadores perceberam que as expressões de medo fizeram com que os voluntários respirassem mais ar, tivessem o campo de visão maior e pudessem rastrear objetos mais rapidamente.
“Nós descobrimos certos padrões na maneira que os rostos mudam entre o medo e a repulsa”, disse Joshua. “Estas mudanças foram bastante consistentes com a idéia de que o medo expande as superfícies sensoriais. A repulsa parece produzir o efeito oposto, contraindo a entrada sensorial.”
Quando as pessoas espremem os olhos em aversão e fecham as narinas elas vêem menos e sentem menos odores.
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