Todos os dias, as pessoas interagem com gestos, frases e costumes que têm origens perdidas há muito tempo.
Esta lista mostra alguns desses gestos e tradições com suas histórias desconhecidas.
Se você souber da história de algum outro costume que não está listado, compartilhe nos comentários!
8. Apertar as mãos: é utilizado como cumprimento e como forma de selar contratos verbais há mais de dois milênios. O gesto demonstra que a mão não tem nenhuma arma, e é um símbolo de boa vontade e confiança. O costume era que a mão direita fosse usada para selar um acordo, e a esquerda para acabar com ele.
Uma das teorias se refere à Idade Média, quando os cavaleiros ofereciam a mão direita em uma clara mensagem de que não pretendiam lutar, já que esta era a mão utilizada para empunhar a espada.
Em muitas comunidades árabes acenar com a mão esquerda é uma grave ofensa, pois é considerada impura.
7. Saudação com dois dedos em “V”: este símbolo tão utilizado teve vários significados com o passar dos anos. O estadista britânico Winston Churchill, por exemplo, costumava usar o “V” em sinal de vitória em questões políticas. Na década de 60, o símbolo foi ligado ao seu significado mais conhecido, de “paz e amor”.
Acredita-se que a primeira vez que o gesto foi feito foi na batalha de Agincourt, em 1415. Arqueiros franceses ameaçaram arrancar dois dedos dos arqueiros (que eram a força principal de ataque) britânicos, aqueles que seguram a corda do arco, durante a batalha. Depois da batalha, os britânicos exibiram seus dois dedos, mostrando que eles ainda estavam intactos.
6. “Abençoar” espirros: o costume de dizer “saúde” ou “deus te abençoe” para alguém que espirra é muito antigo. Uma das histórias mais aceitas sobre isso é que, antigamente, na Europa, durante as crises da peste bubônica, acreditava-se que a alma da pessoa ficava desprotegida durante o espirro, e por isso as pessoas abençoavam quem espirrava, para protegê-los.
Em algumas culturas, como a alemã, a expressão usada depois de um espirro, “Geshundheit!”, é um desejo de boa saúde e uma longa vida.
5. Sinal de positivo: acredita-se que este gesto nasceu na época dos combates entre gladiadores na Roma Antiga, quando a plateia escolhia com o sinal de positivo se o combatente poderia viver. Mas isto não é verdade. Não se sabe ao certo se essa é a história original, e existem outras teorias.
Na Inglaterra era comum o uso dos polegares para se fazer negócios: as duas pessoas envolvidas molhavam o dedo, levantavam a mão e apertavam um polegar contra o outro. É possível que esta seja também a origem deste gesto, usado como uma ideia de aprovação.
4. Prestar continência: soldados romanos podem ter iniciado o costume da saudação militar ao proteger os olhos de seus superiores, e cavaleiros medievais podem ter usado o gesto como uma forma de levantar seus elmos, como forma de mostrar que não iriam lutar. Esta segunda teoria é apoiada pelo fato que o elmo com a armadura é chamado, no inglês, de “sallet”, palavra próxima a “salute”, saudação, em inglês.
A imagem ao lado mostra o pequeno John Kennedy Jr. saudando sei pai, que estava sendo enterrado.
3. Cruzar os dedos: antigamente, cruzar os dedos para desejar boa sorte precisava de duas pessoas: uma para fazer o pedido, e outra para apoiar o pedido. Os dois dedos cruzados simbolizavam unidade e força, e era utilizado também para espantar bruxas.
Além desse significado, cruzar os dedos também é usado para anular uma promessa ou algo que você diz. Neste caso, os dedos cruzados deixam um espaço que a pessoa pretende usar como forma de explorar a falsa promessa.
2. Joquempô: é o nome brasileiro para o termo japonês Jan-Ken-Po, também conhecido como Pedra, Papel e Tesoura.
Essa clássica maneira de resolver impasses tem algumas variações.
Na Indonésia, é lacraia, elefante e humano. O inseto enlouquece o elefante, o humano mata o inse,to, e o elefante esmaga o humano.
Uma outra versão do jogo tem 101 gestos diferentes e 5050 resultados com algum ganhador.
1. OK: a origem da expressão ainda é um mistério, mas existem várias teorias. Uma delas diz que, no século XIX, a comunicação escrita sofria com muitos erros, e um deles seria o “Oll Korrect”, querendo dizer “all correct”, tudo certo, em inglês. Outra teoria afirma que, durante a Guerra Civil dos Estados Unidos, os relatos de batalhas diziam “0 kills” (0 mortes) quando nenhum soldado havia perdido a vida. Abreviado, isso teria se tornado 0K (Zero K), e depois, OK.
No Brasil o sinal de OK já causou dores de cabeça, inclusive espancamentos, a estadunidenses desavisados que não entendem que o sinal é tão feio aqui quando mostrar o dedo do meio. A regra mundial é, na dúvida, usar seu polegar para dizer que está tudo bem e não irritar ninguém.