De acordo com os resultados de um levantamento realizado pela Symantec, empresa de segurança de Internet, baseado nas respostas de 240 executivos, 67% das companhias representadas pelos profissionais já sofreram algum tipo de ataque à rede, sendo que a origem foi vírus em 74% dos casos, abuso do uso de Internet por funcionários (73%) ou invasão externa do sistema (38%). Em 25% das ocasiões, os problemas foram causados por falta de conhecimento e treinamento de funcionários e em 16% por acesso não autorizado de internos à empresa (quebra ou uso indevido de senhas).

Um dado curioso é que 38% dos executivos afirmaram que os ataques foram de origem externa (hackers), 7% de procedência interna (funcionários) e 48% de ambas as formas ? um porcentual de 86% de invasões. Quanto ao uso de soluções de segurança, firewall, antivírus e senhas de acesso aparecem no topo da lista, com 97%, 95% e 88%, respectivamente. A maioria dos respondentes (70%) afirmou que a companhia que representam possui política de segurança estabelecida.

Para Vicente Lima, diretor-geral da Symantec do Brasil, o motivo do alto índice de invasão, mesmo com a elevada porcentagem de empresas protegidas, é a falta de gerenciamento das soluções de segurança. ?Hoje em dia, não basta adquirir o software e proteger bem a rede ou fazer a implementação correta dos produtos. Gerenciar bem é a regra de ouro para obter um nível de proteção máxima sem afetar a performance do sistema?, afirma Lima.

O perfil traçado pela pesquisa mostra que a maioria das empresas é da indústria (30%), do setor de serviços (20%) ou bancário (14%), privada de capital nacional (40%), possui filiais (78%), conta com mais de mil funcionários (74%), ou seja, de grande porte, e bastante informatizadas ? em praticamente 50% dos casos elas possuem mais de 500 PCs.

Política de uso da Web e correio eletrônico
Mais da metade dos entrevistados (54%) responderam que mais de 500 funcionários têm acesso à Internet. Como 93% das companhias têm mais de 500 funcionários, o índice de pessoas que podem se conectar é extremamente alto. Em 43% dos locais o uso da Web é liberado indistintamente para todos os departamentos, enquanto em 36% o acesso a qualquer tipo de site é permitido para alguns setores e restrito a certas páginas para outros. Apenas 17% afirmaram ser o acesso totalmente limitado.

A política de vigilância da utilização da Internet é unanimidade: 75% dos entrevistados declararam a prática, sendo que, destes, 68% bloqueiam o conteúdo ofensivo na Web, 66% têm filtro de URL e 36% monitoram os emails corporativos.

Comércio eletrônico
Seis em cada dez executivos disseram que suas empresas possuem site para comércio eletrônico e quatro entre dez que a página já fora atacada. Na maioria das ocasiões, o que ocorreu foi vandalismo (64%) e quebra de serviço, ou denial of service (25%). A incidência teve origem externa em 84% dos episódios. Os prejuízos ocorridos foram em sua maioria (76%) relacionados à impossibilidade de manter a empresa em operação.

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