Fotos: Divulgação

Modelo WVC, da Linksys (R$1,8 mil), permite participação remota em reuniões ou até mesmo saber o que se passa no escritório.

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Elas podem ser usadas para ?visitar? destinos turísticos pela internet, matar saudades de amigos e parentes, apimentar relacionamentos virtuais e até ficar de olho no seu bichinho de estimação via celular. Das mais simples, que custam cerca de R$100, às mais sofisticadas, que já vêm prontas para transmitir em redes Wi-Fi, as webcams não são mais novidade.  

Há pouco mais de uma semana, o País foi surpreendido pela história do empresário alemão João Pedro Wettlaufer, que conseguiu, da Alemanha, evitar um assalto à sua residência de praia no Guarujá, no litoral de São Paulo, graças a um sistema de câmera por IP (Internet Protocol, o protocolo sobre o qual se assenta a infra-estrutura da internet). As câmeras IP, como o nome diz, são, além de câmeras, minisservidores web. Ou seja, elas têm um endereço fixo na internet e, portanto, podem ser acessadas a partir de qualquer computador conectado à internet.

O empresário é assinante de um serviço de segurança, com custo médio de R$ 800,00, em que sua casa é vigiada por essas câmeras, e onde o usuário pode ver imagens ao vivo pela rede e ainda ser avisado por mensagem no celular caso a câmera detecte algum movimento na casa. Foi assim que ele foi avisado, viu o ladrão pela internet e avisou a polícia, que prendeu o intruso em flagrante.

Depois do caso, a oferta e a procura pelo serviço cresceram bastante no Brasil. Além de serviços de assinatura mensal, o consumidor pode optar apenas pela compra de uma câmera por IP, ou ainda, utilizar uma webcam normal com auxílio de alguns softwares.

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?A procura cresceu bastante, mas ainda não foi traduzida em vendas. O cliente vem entusiasmado, mas descobre que não é apenas comprar uma câmera e pôr para vigiar a casa?, explica André Medaglia, gerente de produtos da Mude, que revende câmeras IP. Ele explicou que o usuário precisa de uma pequena estrutura para fazer seu sistema de segurança funcionar. ?É preciso de uma rede local conectada 24 horas, de internet banda larga e de um roteador para compartilhar a rede?, ensina. Se o usuário já possui banda larga, precisará investir pouco mais de dois mil reais para ter uma câmera vigiando sua casa por 24 horas.

Ao adquirir uma dessas câmeras, o consumidor recebe um software que reconhece o aparelho pelo computador e um endereço de internet para que ele possa acessar as imagens de sua câmera.

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Mas não são apenas para vigiar casas e empresas que as câmeras IP estão sendo utilizadas. Muitos hospitais já instalaram o aparelho em seus berçários, para que pais e parentes possam ver imagens de seus recém-nascidos. Algumas escolas de educação infantil também disponibilizaram o serviço para que os pais possam acompanhar suas crianças. ?Há ainda quem usa a câmera para vigiar se a babá ou enfermeira que contratou para cuidar de seus filhos ou de pessoas idosas está tratando bem, e até empresários que instalaram a câmera em seu showroom ou depósito para mostrar seus produtos aos clientes?, destaca Medaglia.

Sistema alerta mesmo se luz for cortada

Para quem não pode investir os cerca de 2 mil reais, já há no mercado algumas soluções alternativas, que se utilizam das webcams convencionais. Uma delas foi apresentada pela SMS, responsável pela fabricação de nobreaks. A empresa está oferecendo o serviço para os seus mais recentes lançamentos.

?Quem adquirir um nobreak inteligente SMS terá, gratuitamente, a solução Alerta 24h. um pacote gratuito de serviços que monitora ambientes a distância, por imagem e voz?, explica Célia Braz, gerente de marketing da SMS. Ela conta que a SMS desenvolveu um site seguro e exclusivo para o Alerta 24h (www.alerta24h.com.br), de forma que os usuários possam ver e ouvir, em tempo real, as imagens e os sons captados pelas webcams e microfones instalados. O serviço permite monitorar qualquer ambiente via internet, celular ou PDAs (computadores de mão) por meio de até três webcams.

O sistema também conta com um serviço denominado alarme antiintrusão, que envia torpedos personalizados para os celulares cadastrados, ao primeiro sinal de invasão no ambiente. Além disso, por estar diretamente ligado a um nobreak, mesmo que um intruso corte a energia do ambiente monitorado, os recursos permanecerão ativos por vários minutos. ?A grande vantagem é que o computador e as câmeras continuarão funcionando, mesmo que cortem os fios de abastecimento de energia, pois o nobreak manterá os equipamentos ligados?, explica Célia.

Os serviços do Alerta 24h funcionam por meio de uma comunicação inteligente, via cabo USB, entre o nobreak e um computador conectado à internet. O Alerta 24h está disponível para sete modelos de nobreaks inteligentes SMS, com equipamentos destinados a usuários finais e corporativos. O custo médio de um nobreak inteligente é de, aproximadamente, R$ 350,00.

Soluções ainda mais econômicas

Uma solução ainda mais barata é a utlização do software EyeSpyFX, um programa fácil de usar e que custa cerca de R$ 80. Com ele é possível enviar vídeo capturado através de webcams em tempo real pela internet, mesmo estando atrás de uma rede não configurável ou com conexões de IP dinâmico.

Uma vez instalado, o programa disponibiliza as imagens em um servidor ftp e também possibilita que o usuário acesse sua webcam de qualquer computador e, até, dos aparelhos de telefone celular com navegador wap.

O programa está disponível para download gratuito para teste de 30 dias nos principais sites de download do País, como o baixaki.com.br e o superdownloads.com. Após uma rápida instalação em que únicas informações mais técnicas que você precisará saber é se o seu computador está protegido por um firewall e se o seu endereço IP é estático, você já poderá acessar sua câmera de qualquer lugar do mundo, através da página www.eyespyfx.com/ cameras.asp e procurá-la pelo nome com que você instalou.