Em tempos em que a igualdade de gêneros está cada vez mais em pauta, as mulheres agora vão poder contar um aliado importante na sexualidade.

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Se até pouco tempo atrás, só os homens estavam sendo beneficiados com as drogas milagrosas no combate à disfunção sexual, como Viagra, Cialis e outros cremes que estão prestes a entrar no mercado, agora as mulheres terão à sua disposição, a primeira droga para estimular a libido feminina.

Trata-se do flibanserin, que acaba de ser recomendado por especialistas aos [orgãos de segurança americanos, com a ressalva de que medidas adicionais sejam tomadas para garantir a segurança da medicação.

A Food and Drugs Administracion (FDA), agência que regula o setor de remédios e alimentos nos Estados Unidos, já havia rejeitado esse medicamento duas vezes, alegando que sua eficácia foi muito modesta em comparação ao placebo.

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Como em se tratando de medicações, sempre é preciso levar em conta os efeitos colaterais, o que causa preocupação com o uso do “viagra feminino” são as interações negativas com o álcool, os riscos de desmaio, sonolência, pressão baixa, enjoos e a ausência de dados sobre os efeitos do uso do medicamento em longo prazo.

A chegada do “viagra feminino” ao mercado deve ser saldada, mas é bom ter cautela quanto à sua eficácia. Principalmente porque em se tratando da complexa sexualidade humana, sobretudo das mulheres, não existe uma panacéia capaz de ação tão ampla. Isso porque a complexidade emocional da sexualidade feminina e os problemas derivados dessa condição não têm, com frequência, causas médicas.

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De acordo com o FDA, em testes clínicos as mulheres que tomaram flibanserin relataram ter tido, em média, 4,4 experiências sexuais satisfatórias em um mês, contra 3,7 no grupo que consumiu o placebo. Antes do início do estudo, essa média era de 2,7.

Segundo vários estudos médicos, pelo menos 40% das mulheres apresentariam diferentes graus de hipoatividade sexual. As propriedades afrodisíacas da molécula de flibanserin foram descobertas acidentalmente ao ser testada como antidepressivo. O mesmo aconteceu com o Viagra (masculino), que estava destinado a ser um medicamento para combater a hipertensão.