O Ministério da Saúde está convocando todas as pré-adolescentes que já tomaram a primeira dose vacina contra HPV para receberem a segunda dose. A campanha visa proteger esse público que vai de 9 a 13 anos contra o HPV (Papiloma Vírus Humano) que engloba 150 tipos diferenciados e que provoca o câncer do colo do útero.
Segundo o ginecologista do Hospital Vila Nova Cachoeirinha, Maurício Sobral, a prevenção se dá ainda na pré-adolescência, de preferência antes da primeira relação sexual, porque o contato com o vírus tende a diminuir a efetividade da imunização. Entretanto, o medicamento também é indicado para proteger meninas que já perderam a virgindade e até os meninos, pois minimiza a transmissão do vírus para mulheres.
O vírus é transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual e de mãe para filho durante o parto. De acordo com a Organização Mundial de Saúde 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença.
Para garantir a eficácia da vacina contra o HPV é muito importante que as doses sejam aplicadas com a pausa correta. “O método da vacinação é sempre de 3 doses, com intervalo de 1 a 2 meses entre a primeira e a segunda dose (dependendo do fabricante), e de 6 meses entre a primeira e a terceira dose. A aplicação que é intramuscular é segura e pode raramente gerar reações como dor, inchaço e vermelhidão no local da aplicação”, explica o ginecologista.