Nenhuma mulher quer ter estrias. Estas marcas, formadas pelo rompimento das fibras de colágeno e elastina na pele, são como cicatrizes. E o problema é que elas não podem ser “apagadas”. Por isto, é necessário que a mulher esteja atenta para a prevenção, evitando o surgimento desses tão temidos sinais na pele. Caso elas já tenham aparecido, há tratamentos estéticos disponibilizados por médicos e outros profissionais da beleza que amenizam o aspecto das estrias. O ideal é procurar ajuda assim que notar o problema.
A médica dermatologista Karin Helmer, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia no Paraná (SBD-PR), explica que a estria se forma depois de um estiramento excessivo da pele. As estrias ocorrem, principalmente, durante o período de crescimento nos adolescentes (tanto mulheres quanto homens) e na gestação. “As estrias são formadas pelo rompimento das fibras de colágeno e elastina”, afirma. O colágeno e a elastina são fibras que dão estrutura à pele.
O ideal é previr o aparecimento das estrias, pois elas não podem ser eliminadas com os tratamentos estéticos existentes atualmente, apenas atenuadas. Por isso, a mulher deve acrescentar na sua rotina os cuidados para deixar a pele livre delas. “A prevenção deve ser feita com uma boa hidratação da pele, com produtos que ajudam na produção de colágeno. Isto pode diminuir o risco”, ressalta Karin.
Suellen Lima |
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Peelings e carboxiterapia são alguns dos tratamentos possíveis para as estrias. |
Ela lembra que, durante a gestação, o risco de surgimento das estrias aumenta entre as mulheres mais jovens. “Muitas gestantes passam óleo na pele durante a gravidez, visando a hidratação, para evitar as estrias. Mas os óleos não são bons hidratantes. Eles formam apenas uma película e não conseguem penetrar na pele para hidratar”, revela a médica. O efeito sanfona (emagrece e engorda em curto período de tempo) e a obesidade também podem causar estrias na pele da mulher, pois, assim como na gravidez, há um estiramento da pele e rompimento das fibras de colágeno e elastina por causa do peso.
Quanto antes começar, melhor
Assim que as fibras se rompem, as estrias possuem uma coloração mais avermelhada. Com o passar do tempo, elas ficam mais esbranquiçadas, se tornando cicatrizes na pele. A estria vermelha é a melhor para tratar, pois ainda está passando pela fase inflamatória. Os resultados dos tratamentos são melhores nesta fase, em comparação com as estrias esbranquiçadas. Em qualquer caso, elas não desaparecem.
Quando a mulher chega ao consultório médico e ou à clínica de estética, o primeiro passo é passar por uma avaliação sobre as condições das estrias. “A escolha do melhor tratamento depende do tipo de estria. As vermelhas são as mais fáceis de tratar, com a resposta mais positiva e melhora de até 80%. As brancas são mais difíceis, com resposta entre 60% e 80%.
“Também é necessário analisar a espessura e a profundidade”, esclarece Márcia Kurata, consultora de estética da Onodera, unidade Juvevê. As mulheres procuram tratamentos para amenizar o aspecto das estrias principalmente na barriga e nas laterais do abdômen. Outros locais com incidência de estrias são a região da perna próxima da virilha, parte interna das coxas, parte de trás dos joelhos e braços.
Tratamentos são bastante variados
De acordo com Márcia, entre os tratamentos disponíveis atualmente, estão os peelings (processo de esfoliação que produz a descamação da, pele) com ácidos, incluindo o ácido retinóico, visando à regeneração celular para a produção de colágeno e elastina. Este procedimento pode ser aplicado tanto nas estrias vermelhas quanto no final do tratamento das estrias esbranquiçadas. Outra opção é a microdermoabrasão, também conhecida como peeling de cristal.
Ainda tem a carboxiterapia, que pode ser aplicada tanto em estrias vermelhas quanto nas esbranquiçadas. “É um tratamento dolorido, mas que tem uma resposta boa por meio da injeção de gás, agindo mais profundamente. Isto é feito em cada estria”, comenta Márcia. Outro procedimento disponível é o laser fracionado, recomendado para as estrias esbranquiçadas. Segundo Karin, para as estrias vermelhas podem ser receitados cremes ou peelings com ácido retinóico, além de sessões de laser. “Quando a estria acompanha flacidez, como nos casos de pós-gravidez, é recomendado o laser de CO2 fracionado”, indica.
Mas, além dos valores considerados altos, os tratamentos para estrias têm outro problema. “Não conseguimos precisar o número de sessões necessárias. Indicamos uma média, mas às vezes pode precisar mais do que previsto inicialmente”, pondera Karin. Márcia também enfatiza que, depois dos tratamentos, as mulheres devem manter o resultado e evitar o aparecimento de estrias com uma boa hidratação da pele, sessões de drenagem linfática e a ingestão de líquidos. Uma indicação é o consumo de colágeno hidrolisado, dissolvido em água. “Não adianta passar só o creme. É necessária uma hidratação por dentro”, diz a consultora.