O processo de divórcio é doloroso, afeta o emocional, o financeiro, a vida profissional e social do casal. Porém, após vencida as etapas, são as mulheres que demonstram maior felicidade com o fim do casamento, pelo menos é o que aponta uma pesquisa que vem sendo realizada com pessoas entre 16 e 60 anos.
O estudo, que ainda está em curso, é realizado pelo Centro de Pesquisa da área de Emprego, Aptidões e Sociedades da Escola de Administração de Kingston, na Inglaterra. Até agora já ouvidos mais de 10 mil pessoas que avaliaram, ao longo de duas décadas, o grau de felicidade tempos depois de passarem por eventos marcantes de suas vidas, incluindo, por exemplo, o divórcio, o falecimento do Cônjuge e a perda do emprego.
Os pesquisadores examinaram o processo psicológico pelo qual as pessoas passavam para se readaptarem às novas circunstâncias. Um dado importante diz respeito a estabilidade financeira, onde o poder aquisitivo do homem após o divórcio costuma cair 25%, enquanto o da mulher chega a 50% e mesmo tendo uma perda financeira maior, as mulheres demonstram maior satisfação com o divórcio.
Em uma entrevista recente ao site Divórcio Aqui (www.divorcioaqui.com.br), a psicóloga Lais Loureiro diz que essa tendência pode estar ligada ao fato das mulheres lutarem bastante para salvar a relação. “Elas pensam, analisam, buscam mais ajuda e não encontrando solução, aí sim, decidem pelo divórcio. O fato de pensarem bastante, provoca também o sentimento de dever cumprido e não de negligência, proporcionando motivação para seguirem em frente”.
Uma crise no relacionamento aponta aspectos da relação que não estão bom, mas isso não significa o fim da relação, segundo Lais Loureiro. “O casal que está atravessando uma crise tem por obrigação fazer questionamentos que envolvam perguntas sobre sentimentos pelo outro, até quanto vale à pena salvar a relação? Quais vantagens e desvantagens de se permanecer na relação? Quanto está disposto e o quanto o outro também tem disposição para o mesmo?”, disse Lais.
A decisão do divórcio, para ela deve ser tomada após esgotada todas as tentativas para fazer a relação dar certo, atitude essa, geralmente, tomada pelas mulheres.
Mulheres se divorciam menos após os 34 anos
Na última pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013, foi constatado que as mulheres apresentam maior índice de divórcio na faixa etária que compreende os 20 aos 34 anos, após este período são os homens que passam a se divorciar mais.
De acordo com a psicóloga Lais Loureiro, nesta fase a mulher costuma arriscar mais por uma questão cultural que coloca a mulher mais jovem como tendo mais facilidades em diversas áreas da vida, seja no mercado de trabalho ou em novos relacionamentos. “Após esta idade, a mulher é considerada madura para as mesmas áreas citadas acima, sendo assim, sentem-se às vezes mais inseguras quanto a tomar uma decisão tão significativa que provocará mudanças em sua vida, na vida dos filhos, temendo não terem mais tempo ou oportunidades para retomarem e construírem uma nova vida”.
A psicóloga lamenta este pensamento coletivo, que coloca a mulher como um ser improdutivo, principalmente, no âmbito afetivo onde o relógio biológico da mulher entra em contagem regressiva, fazendo com que algumas mulheres suportem relacionamentos infelizes por se sentirem inseguras em encontrar outro parceiro. “Uma mulher feliz e realizada tem mais chances para a vida independente da idade comparada a uma mulher nova e frustrada. Seu olhar para o viver é diferente”, disse.
Na tabela divulgada pelo IBGE, dos 20 aos 24 anos o índice de divórcio entre as mulheres é de 2,81% contra apenas 1,08%. Já no extremo da tabela a situação se inverte, os homens se divorc,iam mais, 3,01% contra 1,41% das mulheres. A faixa etária que tem maior equilíbrio é dos 35 aos 39 anos, onde os homens ficam com 6,53% e as mulheres com 6,39% na taxa geral de divórcio.
Amizade ajuda a superar o divórcio
Infelizmente não há uma receita de bolo para se sair bem ao decidir pelo divórcio, e como muitas pessoas vivem um relacionamento fechado, sem alimentar ciclos de amizades, com o fim do casamento podem se sentirem sozinhas. “Manter as boas amizades, companhias é importante mesmo enquanto se está casado, independente de crise ou relação desgastada, não deixar para criar esses vínculos só após o divórcio”, disse Lais.
Quando o casamento chega ao fim, e a pessoa se vê sozinha, o jeito é buscar novas estratégias e hábitos que coloquem as pessoas em contato com novos grupos. Lais Loureiro, lembra da importância de um profissional, seja psicólogo, psicanalista ou ainda terapeutas podem ajudar as pessoas que estão enfrentando o fim de um casamento.
Buscar informações sobre o assunto, ver exemplos de pessoas que passaram por problemas parecidos podem ajudar a superar esta fase com maior naturalidade. No blog do Divórcio Aqui (www.divorcioaqui.com.br/blog) é possível encontrar vários artigos e videos explicativos sobre vários temas relacionados ao divórcio, seja questões emocionais, financeiras e jurídicas.
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