Manchas, rugas, cicatrizes e até estrias são alguns dos fantasmas que mais atormentam as mulheres, mas estes problemas podem ser solucionados ou amenizados com o peeling, tratamento que faz a renovação celular da pele. O que causa dúvida é o fato de que o procedimento pode ser feito de diversos métodos, conforme a necessidade da paciente, desde o mais superficial até o cirúrgico, com internação no hospital. Peeling de cristal, de diamante, alaranjado… Você já deve ter ouvido falar de pelo menos um desses tratamentos. Mas qual a diferença entre eles e como escolher o tipo adequado para o seu problema?
A dermatologista Lauren Moraes explica quais as principais variações entre os vários tipos de procedimentos. Segundo ela, os peelings de cristal e de diamante atingem a pele de maneira bem superficial. “A indicação é para quem tem os poros mais dilatados, quer dar um viço na pele. Eles não têm capacidade de clareamento, nem de tratar cicatrizes”, explica. Existem ainda os peelings químicos, que podem ser superficiais, médicos ou cirúrgicos, e devem ser feitos por médicos.
“O superficial geralmente é feito com ácido retinóico e ajuda a tratar manchas, poros dilatados e cicatrizes superficiais”, destaca a dermatologista. A recuperação costuma ser rápida. “É feita uma descamação bem leve e a pessoa pode continuar a vida normal”. O peeling médio, de acordo com a dermatologista, atua na pele como uma queimadura de terceiro grau e é destinado a quem precisa tratar rugas médias ou cicatrizes mais profundas. “A pessoa fica de sete a dez dias com a pele bem feia, incha e descasca bastante. Normalmente, tem que ficar fora da rotina normal, do trabalho”, explica a médica.
Já o peeling profundo é feito de maneira cirúrgica, com sedação e internamento. “São pouquíssimas pessoas que têm indicação para este, que é para o rejuvenescimento e tratamento de rugas profundas”. A recuperação leva em torno de um mês. Independente de qual tipo seja escolhido, o peeling pode ser feito em qualquer parte do corpo, sendo eficaz contra estrias, principalmente as vermelhas. “Normalmente, ele é aliado a outros procedimentos, como radiofrequência, CO2 ou laser não fracionado”, explica. Em média, são necessárias três sessões com intervalos de um mês para obter resultados.
A dermatologista ainda explica que o peeling necessita de acompanhamento ser bem sucedido. “A gente, como médico, vai prescrever um preparo para a pele, uma manutenção. Só fazer o peeling não adianta, ele é um acelerador; mas precisa ter todo um acompanhamento”, destaca. Após o procedimento, é necessário ficar longe da exposição solar. Segundo a médica, o peeling também é contraindicado, de maneira geral, para grávidas e mulheres amamentando.
Diamante ou cristal?
A esteticista e fisioterapeuta dermato-funcional Fabiana Claudia Hata, do Lady & Lord, explica que somente uma certa porcentagem da renovação celular pode ser feita com esteticistas. “A partir dos 30%, somente quem faz é dermatologista”, destaca. Esses peelings mais superficiais são os mecânicos, feitos com aparelhos. Os mais frequentes são os de diamante e de cristal. “O de diamante é feito com uma ponteira com esferas diamantadas, que faz a esfoliação na pele. No caso do peeling de cristal, o aparelho libera o óxido de alumínio, que é como se fosse um pozinho. Com movimentos de vai e vem, vai fazendo a esfoliação”, explica.
O tratamento adequado para cada pessoa é escolhido após a avaliação do profissional e os procedimentos duram cerca de uma hora. “A pele tem que estar íntegra, não pode ter ferimento algum”, ressalta a esteticista. Os peelings de di,amante e cristal podem causar um pouco de dor durante o desenvolvimento e uma leve ardência no outro dia. Os peelings mecânicos são uma opção para quem quer fazer o tratamento durante o verão, já que os clínicos exigem que a pessoa fique longe dos raios solares.
Várias tentativas
A engenheira química Daisy Catharina Rodrigues aderiu a alguns tipos de peeling para tratar melasmas, que são manchas mais escuras na pele. Há cerca de quatro anos, ela fez cinco sessões do peeling alaranjado, que seria clínico. “Dói bastante e arde. Você fica laranja um tempo, não dá para sair de casa pela vergonha que você vai passar. Mas é bom”, conta.
Daisy fez cinco sessões do peeling de diamante no ano passado e o incômodo foi menor. “Eu achei tranquilo. A pele fica muito lisa, mas, para o meu caso, que queria tirar as manchas do rosto, não funcionou bem”, diz. Atualmente, ela aderiu a uma pomada comprada em farmácias que faz um “autopeeling”. “A pomada é barata e dura tempos. Continuo usando ela, por questão de custo/benefício. Sem contar que foi a única coisa que tirou os melasmas”.