Ao contrário do que muita gente pensa, o Dia das Mães, uma das datas mais celebradas no mundo, não teve origem comercial, mas surgiu oficialmente no início do século passado, nos Estados Unidos, com o intuito de homenagear mulheres que perderam os filhos na Guerra Civil americana.

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Porém, muito antes disso, na Grécia Antiga, os gregos celebravam a primavera homenageando a mãe de Zeus, Reia (Rhea) casada com Cronos, deus do tempo. Reia era considerada matriarca de todos os deuses.

Marco Andre Lima
Eliane está ansiosa pela apresentação da filha.

No Brasil, a data foi instituída pela Associação Cristã de Moços, em maio de 1918, e oficializada pelo presidente Getúlio Vargas em maio de 1932. E só se tornou comercial em 1948, quando foram lançadas campanhas publicitárias para alavancar as vendas.

Hoje, o Dia das Mães só costuma perder para o Natal em termos de vendas no comércio. Flores, chocolates, roupas, sapatos, afinal, a maioria das mães merece mesmo um mimo de seus filhos queridos. Mas, certamente, para muitas delas, o melhor presente é estar reunida com a família e receber aquele abraço dos filhos.

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Cada família encontra seu próprio jeitinho de comemorar a data, lembrando a importância das mães em nossas vidas. E essas histórias são muito mais empolgantes do que as promoções nas vitrines. A dona de casa Elisângela Cristina Rodrigues, 22 anos, sempre comemorou a data com almoços em família.

Mas, a partir dos 18 anos, em vez de apenas homenagear a mãe ela mesma passou a ser homenageada quando teve seu primeiro filho, um menino de 4 anos.

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Um ano depois, as comemorações dobraram já que ela foi mãe pela segunda vez, ao gerar uma menina. “Nosso encontros sempre foram muito felizes. Tudo o que eu tenho é graças a ela”, avalia.

A auxiliar de serviços gerais, Glaci Maria Carli, 42, que mora em Campina Grande do Sul vai percorrer um longo caminho para encontrar sua mãe, que mora em Sulina, ou, como ela costuma dizer, “pra lá de Chopinzinho”, no interior do Paraná.

“Pra mim, é uma data importante. Tenho três filhos e vou viajar com os dois mais novos”, conta Glaci Maria que não dá muita bola para presentes. “O que eu mais gosto é mesmo de um abração dos meus filhos”, revela.

Marco Andre Lima
Longe de casa, Adriana vai dar presente para a sogra, mas só depois de parabenizar sua mãe.

Para a zeladora Eliane Regina da Costa, 24, o final de semana será muito especial. Hoje, ela assiste à primeira apresentação de sua filha, Ana Luíza, de 5 anos, na escolinha, que ainda é surpresa. Amanhã, a família inteira vai se reunir.

“Fazemos um almoço na casa da minha avó. Reunimos todas as mães da família”, conta Eliane. Ela lembra de seu primeiro Dia das Mães como mãe como se fosse hoje. “Foi maravilhoso, mas estou bem ansiosa com este ano que vai ser a primeira apresentação dela”.

Fernanda Borges, 15 anos, estava emocionada quando passeava ao lado da mãe e supervisora de vendas Renata Borges, 41. “Minha filha ainda tem bisa. Minha avó tem 81 anos e acabou se curar de um câncer. Então, é o primeiro ano de cura dela e vai ser um Dia das Mães bem emocionante”, conta Renata.

Como a família Borges é muito grande, a ideia é reunir todos os parentes num restaurante. “Pelo menos nas datas comemorativas nos encontramos com a família, já que no dia a dia fica meio difícil”, conta. Ao lado, da filha, Renata manda um recado para a bisa Aurora: “Bisa amada é nossa eterna mãe”.

Já a vendedora e artista Adriana Rodrigues está longe da mãe, que mora em Santa Catarina. A viagem até Lages dura seis horas, mas um telefonema logo na manhã de domingo certamente vai encurtar a distância entre as duas. A vendedora pretende passar o Dia das Mães na casa da futura sogra.

“Infelizmente, sempre passo a data longe. Vou levar um presentinho pra sogra, mas primeiro vou ligar para a mamãe”, afirma. O presente da sogra será comprado junto com o namorado. “Vamos dar um celular pra ela. Já pra minha mãe vou ter que mandar por Sedex. A gente sempre dá um jeitinho”, conta.

Os estofadores Rodrigo e Roberta Sihvenger, 24 e 27 anos, moram em Santa Felicidade e são pais de Nicole, de 3 anos. O casal costuma intercalar os almoços e jantares nesse dia.

“Moramos todos pertinho. Vamos almoçar ou na casa da minha mãe ou da mãe dela”, diz Rodrigo. “Ou almoçamos na casa de uma e jantamos na da outra”, emenda Roberta.

Marco Andre Lima
Casal vai se dividir nas casas das duas famílias.