Em qualquer canto da cidade, tem um Salão Marly. Este nome já ficou tão conhecido que é praticamente impossível achar uma curitibana que não o conheça. Mas ainda são poucas as que sabem a história de Marly Minatti, 62 anos, a proprietária da franquia. Nesta entrevista, ela conta sua trajetória como empresária, desde quando atendia como cabeleireira em um pequeno espaço no Bacacheri.
– Como começou a história do Salão Marly?
Sou filha de cabeleireira e foi minha mãe quem me incentivou a abrir o negócio. Comecei em 1971, fazendo tudo sozinha. Não foi fácil. Tinha muito receio de não dar certo, porque não conhecia ninguém aqui (ela veio de Santa Catarina aos 15 anos).
– O que foi necessário para conquistar a clientela?
Quando aparecia uma cliente, fazia de tudo para deixá-la satisfeita para que ela voltasse, com profissionalismo e amizade. E foi dando certo. Já estamos entrando na quinta geração das famílias. Eu mesma faço o cabelo de algumas clientes ainda.
– Como a senhora conciliava o trabalho e a família?
Não é fácil ser empresária, mãe e esposa. Tinha dias que pensava “não vou conseguir”, mas depois refletia: “as filhas vão crescer e eu vou fazer o quê?”. A sorte é que o marido me dava muita força.
– E quando foi que o salão conquistou todo esse sucesso?
Quando abrimos a unidade do Batel, em 2002, tivemos uma surpresa porque o movimento foi muito grande. Então, há dois anos, decidimos abrir para franquias, mas sempre com muita cautela.
– Qual o item que nunca falta na sua bolsa?
Jesus e Nossa Senhora. Depois, estão as outras coisas que são necessárias.