Quem vê a coordenadora do Procon, Claudia Silvano, 46 anos, dando entrevista na televisão, não imagina que ela possa se emocionar tanto ao contar a história de sua vida. Aquela imagem de briguenta que costumamos ver nessas ocasiões é apenas uma das personalidades desta advogada, que assumiu a coordenação do órgão depois de quase 30 anos como funcionária pública, ou, como ela prefere dizer, servidora pública. Aqui no TDelas, você fica conhecendo um pouco dessa história.

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– Como foi o início de sua trajetória profissional?

Sou servidora pública estadual desde os 15 anos. Fui datilógrafa e telefonista. Quando passei no vestibular de Pedagogia, a Maria Hermann de Stefani, uma pessoa que me ajudou muito, me convidou para trabalhar numa área técnica. Depois, ainda atuei na área de treinamento da Secretaria da Administração.

– E como foi que o Procon entrou na sua vida?

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Como trabalhava com treinamento, logo que o Procon foi criado, em 1991, me chamaram para realizar um trabalho temporário no órgão. Só que a coordenadora da época me convidou para ficar. E foi a melhor coisa que fiz na minha vida.

– Já imaginava que um dia fosse se tornar coordenadora também?

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Passei por todos os setores do órgão. Até mesmo a decisão de cursar Direito aconteceu aqui, por influência de um advogado que hoje é procurador do município, Luis Miguel Gutierrez, e de um rapaz que era estagiário, o Rafael Fonseca Lemos, que até trouxe o cartaz do vestibular pra mim. Mas nunca tive a pretensão de chegar à coordenação.

– Além das pessoas já citadas, mais alguém serviu de inspiração em sua carreira?

Ah, a própria Secretaria de Justiça, Maria Tereza Gomes, que me convidou para a coordenação, e alguns professores do Direito, como minha orientadora, Májeda Popp. Mas o mais importante foi o professor Daniel Ferreira. Durante a faculdade, minha mãe ficou muito doente e eu ia largar o curso, mas ele me convenceu a continuar e não desistir (emociona-se).

– Quais suas principais conquistas como coordenadora?

Não dá para dizer que as conquistas são só minhas. Temos uma equipe pequena e, mesmo assim, conseguimos fazer um bom trabalho. Mas tenho um recado para os homens. Como as mulheres reclamam mais, acho que eles precisam aprender com elas a brigar e tomar a frente das coisas.