Se dependesse das crianças, elas levariam para a escola uma lancheira lotada de guloseimas todos os dias.
Doces, salgadinhos e refrigerantes – pobres em valor nutritivo e ricos em gorduras, açúcar e conservantes – são tentadores ao paladar infantil, mas quando ingeridos regularmente podem causar um estrago na saúde dos pequenos.
Portanto, que tal aproveitar o recomeço das aulas para repensar a qualidade do lanchinho do seu filho? Se você ainda tem dúvidas sobre como prepará-lo, veja nossas dicas abaixo:
Um pouco de tudo
Ao contrário de nós adultos, que podemos beliscar meramente uma fruta entre as principais refeições, as crianças em fase de crescimento precisam de uma seleção mais completa. Uma lancheira saudável deve conter entre 300 e 350 calorias e ter um alimento de cada grupo alimentar representado. Veja alguns exemplos:
Energéticos: bolos, pães (de preferência integrais), biscoitos diversos e barrinhas de cereais.
Construtores: leite, achocolatados, queijos, ricota, requeijão, iogurte, leite fermentado, peito de peru, chester, frango ou atum.
Reguladores: frutas frescas ou secas, sucos, bebidas de soja e água de coco.
Fuja dos pacotinhos prontos
Não dá para negar que eles são práticos. Mas pense que não vale à pena sacrificar a boa saúde do seu filho, por causa de um tempinho a mais que você perde preparando um lanche caseiro. Além disso, pouca gente percebe, mas gastar com alimentos industrializados aumenta consideravelmente o orçamento da casa.
Uma comidinha fresca e preparada por você é garantia de mais nutrientes, vitaminas, menos aditivos químicos e segurança absoluta da procedência dos ingredientes.
Em vez de uma barrinha de chocolate, que tal fazer um bolo? Simples, de fubá, de laranja ou de cenoura são exemplos fáceis de fazer e super saborosos. E no lugar da tradicional bolacha recheada, que tal apostar em um biscoitinho assado de aveia? Além delas adorarem, eles vão fornecer uma boa dose de fibras.
Fique atenta apenas as bebidas naturais, como sucos e vitaminas de frutas. Se estiver muito quente ou demorarem a ser tomadas, elas podem oxidar, estragar, terem seu sabor alterado ou simplesmente perderem seu valor nutritivo. Uma garrafinha térmica pode ajudar, mas, neste caso, sucos em embalagens longa vida são uma ótima pedida. A maioria é natural e passa por um processo de pasteurização, mantendo suas propriedades nutritivas sem adição de conservantes.
Cuidado com as cantinas
Cantinas de escola também são o paraíso das frituras e das balas e chicletes açucarados. Vez ou outra você pode satisfazer a vontade da criança, claro, mas evite tornar a prática de dar dinheiro para o lanche um hábito.
Varie o cardápio
Uma dica para que a criança coma de tudo é sempre associar algum alimento que ela goste – como uma bolachinha – a uma fruta ou outra opção mais saudável. Alterne dias para o doce e o salgado e faça eventuais surpresas, como uma nega maluca caseira. Assim você garante que seu filho não enjoe do lanche e se sinta sempre estimulado a comê-lo.
Invista em uma boa apresentação
Quando o assunto é incentivar os pequenos a comer, a aparência dos alimentos faz toda a diferença. Tenha sempre o cuidado de escolher a maçã mais vermelhinha e os pães do tipo bisnaguinhas ou com gergelim (pequenos detalhes atiçam a curiosidade deles). Deixe as porções sempre já cortadinhas e prepare alimentos coloridos, com aromas e texturas que despertem seus sentidos.
Faça a criança participar
Familiarizar a criança com o alimento é outro ponto importante. Se há alguma comida que seu filho tende a rejeitar, experimente chamá-lo para ajudar no preparo e na montagem da mesma. Aproveite a oportunidade para conversar com ele sobre a importância da boa alimentação para ele crescer saudável e forte.