Dieta do suco, da lua, da proteína, do tipo sanguíneo ou da água. É possível que estas fórmulas tragam algum resultado em pouco tempo, mas a longo prazo o efeito no organismo pode ser devastador. Além de não mudar o comportamento alimentar de quem deseja emagrecer, este tipo de “dieta maluca” pode comprometer o metabolismo e ocasionar carências nutricionais.
Para a nutricionista funcional Juliana Trevilini, esta não é a receita correta para emagrecer, já que as primeiras perdas são de líquidos e massa muscular, enquanto a gordura demora mais tempo para ser eliminada. “As pessoas não mudam os hábitos alimentares e acabam se frustrando. Depois de muito tempo de restrição, sem comer aquilo que gosta, a compulsão volta e a pessoa acaba comendo ainda mais”, observa.
É por isso que muitos obesos continuam acima do peso mesmo depois de tentarem vários tipos de dietas. “Elas não entendem que a verdadeira dieta é a mudança no comportamento, que tem que ser pra sempre e não por apenas 10 dias”, diz. Antes de ingressar no Vigilantes do Peso e se tornar orientadora no grupo, Cyntia Pedro, 34, foi uma dessas mulheres que tentaram várias “loucuras” para emagrecer, como tomar remédios e apostar em dietas que chegaram a trazer prejuízos para a saúde.
“Desde que caiu a ficha de que eu estava acima do peso, com 14 anos, procurava uma coisa rápida para emagrecer. Só que eu emagrecia, voltava a comer e não conseguia manter. Assim entrei num efeito sanfona que durou muito tempo”, lembra. Uma das piores tentativas foi a dieta do carboidrato, que resultou em cansaço, fadiga e falta de concentração.
Cyntia conta que a situação só mudou depois que adquiriu novos hábitos. “Eu aprendi que posso comer de tudo, mas parei com a mania de comer tudo. Aprendi a parar de comer quando me sinto satisfeita”. O que também a ajudou na reeducação alimentar foi o fato de aceitar os erros na alimentação.
A nutricionista Juliana também faz algumas recomendações a quem deseja emagrecer sem a ajuda de dietas radicais. O primeiro passo é entender que cada organismo tem seu próprio funcionamento e que os resultados variam em cada pessoa. O acompanhamento médico também é fundamental.