Aprender outro idioma já se tornou uma obrigação para quem quer entrar no mercado de trabalho ou pretende subir de posição dentro da empresa onde está. Em tempos de Copa do Mundo no Brasil, isso se torna ainda mais importante, pois o evento deve atrair muitos turistas estrangeiros. Portanto, quem souber outra língua, para atendê-los, pode sair na frente e garantir clientes durante a realização do evento.

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Mas, independente disso, saber falar outro idioma agrega valor a qualquer currículo e pode ser o diferencial na hora da contratação, principalmente em empresas multinacionais. “Neste caso, é obrigação ter um idioma. Muitas vezes, o candidato nem vai para a entrevista se não tem idioma no currículo”, comenta o consultor em gestão de pessoas Eduardo Ferraz.

De acordo com ele, quem pretende entrar em um segmento que depende de uma língua estrangeiro deve começar o quanto antes para poder atingir em um nível satisfatório. “Quanto mais cedo começar, maior será a fluência”, explica. O idioma pode ser necessário em treinamentos, conferências por telefone ou internet e recepção de colegas de outros países, o que força o colaborador a ter esse conhecimento.

No entanto, quanto mais alta a posição na hierarquia da empresa, maior a necessidade de possuir essa ferramenta. “Não é um inglês para ser educado com outra pessoa. É necessário ser capaz de discutir temas com estratégias empresariais”, alerta o vice-presidente do Comitê de Formação e Desenvolvimento dos Executivos do Instituto Brasileiro de Executivo de Finanças no Paraná (IBEF-PR), Felipe Laufer.

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Preferência ainda é o inglês

Divulgação
Depois de ter dificuldades no trabalho, Judi decidiu retomar as aulas de inglês.

Por conta da demanda do mercado de trabalho, o inglês continua sendo o idioma mais procurado nas escolas especializadas. “O nosso público é bem variado, desde estudantes até pessoas que buscam capacitação para o mercado de trabalho. Muita gente já percebeu que, em um mercado global, como o que vivemos hoje, ter o segundo idioma abre novos horizontes e pode representar um crescimento tanto pessoal quanto profissional”, comenta Cristiane Hein, técnica da educação profissional na coordenação pedagógica do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial no Paraná (Senac-PR), que oferece aulas de inglês e espanhol.

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Tomás Martins, diretor da Phil Young”s English School – escola especializada no ensino do inglês -, conta que o perfil das pessoas que procuram as aulas mudou bastante nos últimos anos. “Antes, a gente tinha muitos alunos adultos e havia lista de espera para as turmas da noite. Hoje, o número de crianças e adolescentes é maior do que o de adultos”, relata. Ele lembra que os mais jovens que passaram pelas aulas de inglês já estão formados e no mercado de trabalho. As empresas contratam as pessoas que já falam inglês. “Os pais também passaram a ter mais consciência sobre a importância de investir na educação dos filhos. Hoje em dia, é muito difícil ver alguém que ocupe um cargo de gerência e que não fale inglês”, avalia.