O drywall você conhece, ou já ouviu falar. É aquela parede fininha e de instalação facílima que ainda pode receber tratamentos anti-mofo e até isolamentos acústicos e térmicos.
Tudo isso é verdade. Mas, você já parou para pensar como é feita essa parede multi-maravilha, em todas as suas possibilidades de uso e nos cuidados e na manutenção que elas exigem? Pois é bom começar a pensar.
Voltemos ao início
O drywall é o que a tradução de seu nome inglês sugere: uma parede seca, formada por placas de gesso acartonado e que dispensa totalmente o uso de água na sua fabricação e instalação (só para lembrar, a alvenaria convencional usa muita água para dar a “liga” ao cimento).
Essas placas de gesso que formam a parede são na verdade um sanduíche de papel cartão que tem o gesso como recheio.
O isolamento termo-acústico é conquistado quando se adiciona lã mineral nesse sanduíche. Em alguns casos, para otimizar o isolamento do som os instaladores recomendam parafusar varias chapas de drywall. É verdade que essa solução resulta em uma parede mais grossa. Mas isso nem chega a representar um problema, uma vez que as paredes de drywall têm espessura média de 95 milímetros! (as paredes de alvenaria tradicional têm 15 centímetros de espessura, em média).
A instalação dessas placas é simples, apesar de requerer mão-de-obra especializada. “Perfis metálicos são fixados no local que vai receber a parede e as placas de dry-wall são parafusadas nesses perfis. O acabamento entre as placas é feito com fitas e massas específicas”, ensina Rodrigo Ramalho, sócio-proprietário da Adamus Drywall.
Vários usos
É possível instalar as paredes de drywall em qualquer ambiente da casa. Até mesmo na fachada e no lugar de paredes estruturais. “Para sustentar lajes e telhados, utiliza-se um perfil metálico específico, chamado Light Steel Framing que dá a parede a função estrutural”, informa Rodrigo.
Em banheiros e áreas molhadas, as placas de gesso recebem um tipo de gesso diferente, que tem em sua composição alguns componentes químicos hidrofugantes que repelem a água. Essas chapas especiais têm a cor verde e podem receber pintura e acabamento como qualquer outra parede de drywall. (veja o tópico pintura)
Em cozinhas, salas de lazer, espaços gourmet e churrasqueiras, recomenda-se a instalação das placas rosas, que a exemplo das verdes, têm composição diferenciada com elementos químicos que as tornam mais resistentes e capazes de suportar a exposição a altas temperaturas.
Além de parede, o drywall também pode se transformar em teto, revestimento, sancas, nichos e ainda servem para eliminar ou fechar portas e janelas.
E se engana quem pensa que as superfícies feitas com essas placas de gessos são frágeis. Nas paredes, é possível pendurar qualquer tipo de objeto. Quadros, espelhos e prateleiras com até 40 quilos podem ser fixados diretamente na chapa com o auxílio de buchas específicas para drywall e que são encontradas em qualquer casa de materiais de construção. Acima disso, a fixação é feita diretamente em uma estrutura metálica auxiliar, que fica dentro da parede. “O ideal é que o projeto da parede em drywall contemple esse tipo de situação. Mas se ela não tiver sido prevista, a colocação dessa estrutura auxiliar é simples”, garante Rodrigo.
Pintura
O drywall aceita melhor as tintas foscas. As variedades brilho e semi-brilho devem ser evitadas. Assim como os pintores sem experiência com o material.
Custo
O preço do drywall é cotado por metro quadrado e o valor varia conforme o seu uso. Em média, cobra-se 55 reais por m2 das paredes; 40 reais por m2 dos revestimentos; e 35 reais por m2 dos tetos.