Como muita gente já deve ter percebido, em 2014, o Dia dos Namorados vai ser um pouco diferente. É que a data, neste ano, coincide com a abertura Copa do Mundo, com jogo marcado para às 17h entre Brasil e Croácia. Nesta hora, como fica o coração dos brasileiros e brasileiras? Será que o Mundial vai acabar com o clima de romantismo dos apaixonados? Ou o amor vai superar as comemorações verde-amarelas? Num momento como esses, cada casal tem que encontrar a melhor solução para conciliar, sem brigas, as duas comemorações se esta for a sua prioridade ou manter a programação normal do Dia dos Namorados, sem interferência da Copa, se assim preferirem.

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Comemorando um ano de namoro e matando as saudades após um tempo afastados, a designer e sócia da Agência Colaborativa Viral de Ideias Luana Kava e seu namorado, o professor Luís Gabriel Santos estão neste segundo grupo e só pensam em ficar juntinhos. “Fomos apresentados por amigos em comum e estamos juntos faz exatamente um ano. Comemoramos nosso aniversário de namoro no dia 3 de junho. Apesar disto, estávamos longe um do outro porque o Luís estava morando fora do país, cursando parte de seu doutorado. Então, a gente não se via desde a metade do mês de março, quando fui visitá-lo. De lá para cá, como a saudade só aumentou, o que nós mais queremos é ficar um bem perto do outro”, conta Luana.

Para ela, a Copa é um evento bacana, mas o foco do casal é outro. “Este Dia dos Namorados vai ser para comemorar nosso amor, se é Copa ou não, não faz diferença para nós”. E seu namorado concorda com a ideia de seguirem com uma programação mais tranquila e romântica. “Vamos planejar programas românticos, porém alternativos. Afinal de contas, os bares e os restaurantes, que já são lotados nesta data, estarão ainda mais cheios em função do jogo do Brasil. Quero assistir o jogo e até pode ser em casa, o que não abro mão é da companhia da minha namorada”, afirma Luís.

Diferente deles, o casal formado pela sócia de Luana, a assessora de imprensa Aline Vonsovicz, e pelo estudante de cinema e assistente operacional Rodrigo Soler Razuri, está em clima de Copa e vai aproveitar a data para ficar juntos assistindo ao jogo da Seleção Brasileira. Mas a comemoração entre eles tem clima de disputa e rivalidade, afinal, Aline é brasileira e seu eleito, um “hermano” argentino.

 Marco Charneski
Mais românticos, Luana e Luís não vão deixar a Copa atrapalhar as comemorações do Dia dos Namorados; eles vão seguir uma programação independente.
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Aline e Rodrigo estão juntos há quase um ano e se conheceram em outro grande evento realizado no Brasil. Os dois eram voluntários na organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), realizada em julho do ano passado no Rio de Janeiro. “Nosso namoro começou durante a Jornada. Apesar de já termos conversado pela internet seis meses antes do evento, foi só no Rio que nos conhecemos pessoalmente e decidimos ficar juntos. Eu me apaixonei por ele à primeira vista. Do início da nossa relação, o mais curioso foi o fato de a gente ter se encontrado espontaneamente no meio de uma multidão de mais de três milhões de peregrinos de todos os lugares do mundo, sem termos marcado uma data ou local”, revela Aline.

Desde a Jornada, o casal não se separou mais. Os dois chegaram a viajar de férias para a Argentina, mas Rodrigo voltou com Aline para o Brasil e desde então, fixou residência no país. E Rodrigo revela seus planos: “Pretendo ficar aqui. Al,ém de ter encontrado meu amor, com quem pretendo me casar, também aproveito para fugir da crise econômica que atualmente castiga a Argentina”. Isso prova que são adversários somente no futebol mesmo.

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Para o Mundial, o casal diz que planeja acompanhar todos os jogos possíveis, incluindo a abertura. “Além de ser a abertura da Copa com um jogo do Brasil, não vou comemorar o Dia dos Namorados porque, para mim e para meus conterrâneos argentinos, esta data é festejada no dia 14 de fevereiro”, afirma Rodrigo. Torcedor e fã de futebol, o estudante diz que assistir aos jogos do Brasil é muito importante, “pois é preciso acompanhar e estudar o desempenho de nossos amistosos rivais”. Já Aline, que também gosta de futebol, conta como está se preparando para os jogos. “Se o horário de trabalho permitir, vamos ver a abertura e as outras partidas juntos. Senão, vou assistir onde e com quem estiver em minha companhia”.

Sobre uma possível final entre Brasil e Argentina, os dois são previsíveis em suas opiniões. Rodrigo não esconde seu amor à sua pátria e seleção. “Gostaria muito que a Argentina fosse campeã, principalmente se a final fosse contra o Brasil. Mas isto pode ser uma aposta perigosa, pois, posso sofrer muitas gozações no trabalho e com a namorada”. Já Aline alivia o lado do namorado. “Como argentino, ele pode e deve perder o Mundial, mas não corre o risco de ficar sem a namorada”, confessa a brasileira apaixonada.