Na última semana de dezembro, o TDelas mostrou a importância de se planejar para alcançar suas metas profissionais. Com a definição dos objetivos, é possível saber como agir para chegar onde se deseja, para ter um direcionamento que leve ao desenvolvimento de suas competências e alavanque sua carreira. Mas, para ter sucesso, não basta apenas sonhar, é preciso saber como tirar os planos do papel, evitando assim, que quando 2015 estiver chegando ao fim, estes planos tenham virado, mais uma vez, uma lista de metas não cumpridas.

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Para quem quer conquistar uma promoção, trocar de emprego ou se tornar a dona do próprio negócio, a coach Cibele Nardi orienta que um dos pontos mais importantes é fazer um planejamento com metas viáveis, só assim será possível torná-las realidade. “A realização do que se planejou está ligada com os valores das pessoas, com o que é realmente importante, com o que desejamos muito. As pessoas não alcançam seus objetivos e se frustram porque traçam metas exageradas. É preciso começar com metas pequenas, que possam ser cumpridas”.
Profissionalmente, outro hábito saudável é fazer uma análise do que foi planejado, observando o que é possível e o que é utopia. “Utilizando atividades físicas como exemplo, não adianta a pessoa traçar uma meta de se exercitar cinco vezes por semana se ela não tem tempo para isso.

É melhor que ela tenha como meta praticar exercícios duas ou três vezes por semana e sempre que puder, superar este limite. Assim, os dias extras estarão acima da meta e trarão ainda mais motivação, ao contrário da frustação que pode ser gerada por quem se planejar para cinco e só conseguir se exercitar duas vezes. No trabalho, as coisas funcionam da mesma forma, temos que agir dentro das nossas limitações e capacidades”, exemplifica.

Para que a profissional não se distancie de suas metas, a coach indica fazer uma avaliação semanal, para verificar se as ações tomadas estão ajudando a chegar mais perto dos objetivos propostos e trabalhar formando pares, parcerias. Segundo ela, os pares podem ser criados por afinidade (amigo, colega de trabalho, sócio e até seu marido) ou por contratação (coach e profissionais da área de desenvolvimento de carreiras) e, com eles, devemos criar um vínculo, uma rotina de “prestação de contas” que evita que os objetivos sejam esquecidos.

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“Quando crianças, se vamos bem ou mal na escola, precisamos dar satisfação para nossos pais. Quando adultos, se não precisamos prestar contas, acabamos deixando de cumprir algumas tarefas importantes para nós. E, ao assumir um compromisso e dividir nossas metas com alguém, nos comprometemos com nós mesmos”. Outra atitude valiosa, que nem sempre é levada em conta, é celebrar as metas conquistadas. Celebrar o já foi atingido pode ser motivador, pois leva o profissional a seguir em frente, valorizando o que ele já conseguiu.

Não desista tão facilmente

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Para que as pessoas não desistam de seus sonhos, a psicóloga e professora especialista em carreiras da Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Daniella Forster reforça a ideia de que os planos precisam estar alinhados com a realidade. “Acredito que as pessoas desistem daqueles sonhos inatingíveis. Muitos deles são inviáveis ou não estão de acordo com os recursos disponíveis pelas pessoas naquele momento. Um exemplo é sonhar com uma promoção, mas não obter a formação compatível, não buscar o aprimoramento em idiomas ou não esforçar-se nos relacionamentos importantes pa,ra ganhar mais apoio e indicações internas”, observa.

De acordo com a psicóloga, consegue atingir suas metas quem tem bom conhecimento acerca de si mesmo, de suas potencialidades e dos seus pontos a desenvolver. “Muitas vezes, cometemos o mesmo erro inúmeras vezes e não desenvolvemos nossas carreiras em função de não entender exatamente o que estamos fazendo de errado”.

Para ela, o sucesso no trabalho está diretamente relacionado aos seus comportamentos. “Os profissionais bem sucedidas são aqueles que estão atentas no seu dia a dia. Analisam as situações com a neutralidade necessária para compreender as suas falhas e observar o contexto que as cercam. Em geral, são profissionais que focam em soluções e não em problemas, o que gera, para as organizações, mais resultados e maior credibilidade”. Já os principais comportamentos que comprometem o desenvolvimento profissional são analisar os problemas sempre achando um culpado externo, não aceitar os próprios erros, vitimizar-se diante das adversidades e responsabilizar a empresa por não estar se desenvolvendo profissionalmente.