Praia não é só diversão. O cenário paradisíaco também esconde perigos para a criançada. É hora de relaxar, mas também de ficar com o olho bem vivo nos pequenos.
No mar
Segundo a Organização mundial de saúde, os afogamentos continuam sendo a segunda maior causa de mortes entre os pequenos.
Para uma criança que dá seus primeiros passos, por exemplo, bastam apenas três dedos de água para que o risco de acidente já exista. Ao contrário de nós, adultos, elas possuem a cabeça mais pesada que o restante do corpo, fazendo com que percam o equilíbrio com maior facilidade.
A solução é não desgrudar um só momento do seu filho, mesmo que ele esteja brincando apenas no rasinho. Uma boa dica para evitar que a criança vá tantas vezes ao mar é montar uma pequena piscina de plástico ao lado do seu guarda-sol.
De acordo com a ONG Criança Segura, bóias infláveis e de braço não são indicadas para o mar, apenas para piscinas. Em águas com correnteza elas podem estourar, escapar dos braços ou até atrapalhar a mobilidade em situações de risco. O ideal é usar coletes salva-vidas, que podem ser encontrados em lojas de produtos náuticos em todos os tamanhos.
Na areia
Perder uma criança em locais públicos e abarrotados de gente pode ser mais fácil do que parece.
Em algumas praias turísticas, o próprio corpo de bombeiros e salva-vidas distribui pulseiras de identificação aos pais. Como nem sempre isso acontece, você pode comprá-las em lojas de artigos para festas infantis antes de viajar. Na pulseira, devem estar especificados o nome da criança, dos pais ou responsáveis, telefone e endereço para contato.
Sob o sol
Os pediatras não recomendam o uso de filtros solares em crianças com menos de seis meses de idade. Na verdade, o ideal é nem levar os bebês muito pequenos para o tumulto e o calor excessivo da praia. Deixe-os em casa, tranqüilos e em locais arejados, dando vários banhos mornos por dia para refrescá-los. Carros ou outros ambientes fechados são absolutamente proibidos. Nesses casos, a criança pode ser acometida por um quadro grave chamado termoplegia, associado ao aumento excessivo da temperatura corporal.
A partir dos sete meses, a diversão praiana está liberada, mas lembre-se que estes são os primeiros banhos de sol da vida dos pequenos. Todo cuidado é pouco para evitar queimaduras solares graves ou insolação.
O filtro solar deve ser aplicado meia hora antes da exposição ao sol e reaplicado de hora em hora. O fator de proteção não deve ser menor do que trinta e os produtos escolhidos devem ser específicos para uso infantil. Filtros formulados para adultos podem desencadear fortes reações alérgicas na pele das crianças.
Respeite a velha regrinha dos horários: praia só antes das dez da manhã ou depois das quatro horas da tarde. Boné é fundamental para proteger o couro cabeludo e não se esqueça do reforço de uma camiseta, de cor clara e bem fresquinha.
Vale ainda lembrar que mesmo na sombra, ou embaixo do guarda-sol, a criança recebe os raios solares refletidos da água e da areia. Dias nublados também não dispensam proteção solar.
Maiôs e roupas de banho devem ser retirados logo após o uso, pois o tecido molhado facilita o desenvolvimento de micoses e outros problemas de pele. Entretanto, não deixe a criança pelada em contato direto com a sujeira da areia. Na sacola de praia, leve sempre uma ou duas mudas de roupas limpas.
Agora, se ainda assim as queimaduras surgirem, dê a criança muito líquido e banhos quase frios para aliviar o desconforto. Na presença de febre, fortes dores de cabeça, enjôo ou tremores, procure rapidamente atendimento médico.
Evite a desidratação
Ela pode ser bastante grave em crianças muito novas.
Forneça ao seu filho uma grande quantidade de líquidos: água, sucos naturais e água de coco. Leve de casa frutas frescas e bolachinhas, passando longe das frituras e outras besteiras vendidas na praia. Elas podem estar contaminadas e causar gastroenterites. Se a criança insistir, invista apenas em um picolé de frutas.