Pronta pra correr

Correr sem sofrer lesões no corpo é possível, veja como

De alguns anos para cá, as corridas caíram no gosto das brasileiras. Como já mostramos no TDelas anteriormente, pelas ruas e parque das cidades, é possível perceber o crescente número de atletas profissionais e amadores, que buscam uma melhoria na saúde e na qualidade de vida com suas passadas. Mas quem deseja seguir o exemplo dessas pessoas e iniciar no esporte precisa primeiro conhecer os equipamentos básicos necessários: um bom par de tênis, roupas confortáveis e, se desejar, um ou outro aparelho que ajuda na programação e monitoramento dos treinos.

Para escolher o principal deles, o modelo de tênis ideal, de acordo com o médico ortopedista especialista em cirurgia de pé e tornozelo da Artro Clínica de Ortopedia Eduardo Fanchin Rocha, o atleta precisa conhecer seu pé, descobrindo qual é o tipo de sua pisada. “O recomendado é fazer um teste de pisada, com um ortopedista ou numa loja especializada. Com o teste, é possível determinar se seu pé é neutro, supinado ou pronador. E, com esta informação, o corredor consegue identificar qual é o tênis indicado, já que os fabricantes oferecem modelos específicos para cada tipo de pé”.

O médico explica que o pé supinado é aquele com a pisada “para fora”. Já o pronador é o pé com pisada “para dentro”. E o neutro é aquele que apresenta pisada e desgaste normais, sem inclinação para as laterais. “O tênis correto oferece sustentação nos locais necessários, na parte interna e externa do calçado, para corrigir a pisada e evitar torções ou lesões”. Segundo Rocha, se sua escolha não for acertada, o atleta pode ter problemas em sua performance e sobrecarregar as articulações de tornozelos, joelhos, pés e quadris, podendo ter inflamações como as tendinites.

Além da pisada, os modelos de tênis ainda se dividem de acordo com o nível de amortecimento que oferecem. Segundo o gerente da loja ProCorrer, Pedro Magno dos Santos, o tênis pode ser de amortecimento (oferece maior conforto e proteção ao joelho), amortecimento estável (modelo intermediário que ainda oferece amortecimento) e os minimalistas ou de pisada natural (que não contam com sistema de amortecimento).

“Os iniciantes devem escolher tênis de amortecimento ou amortecimento estável, com drop alto em torno de oito milímetros (altura do amortecimento), assim, eles pode iniciar nas corridas com mais conforto. Quem já é mais experiente e tem uma musculatura preparada pode usar drops mais baixos e tênis minimalistas, modelos mais leves, que passam a sensação de estar com o pé descalço”, explica Santos.

De olho em todos os detalhes

Os especialistas ainda orientam que o atleta escolha modelos com tecidos respiráveis e de um tamanho um pouco maior (um número acima), para evitar lesões nas unhas, provocadas pelo atrito com ou calçados. Sobre a vida útil dos tênis, a duração de cada par varia de uma pessoa para outra, de acordo com o volume de treino, a distância que o atleta costuma percorrer e seu peso corporal. Fabricantes e lojistas costumam recomendar a troca a cada 600 km ou 800 km percorridos, ou em média, em seis ou oito meses.

Para a atleta semi-profissional Priscila Gonçalves, especialista em provas de 5 km e 10 km, estes cuidados são muito importantes, afinal, interferem no desempenho durante os treinos e competições. “Quando comecei a correr, não tinha informação e os equipamentos adequados. Com o tempo, fui aprendendo e agregando ao meu treino o uso de um bom tênis, uma meia adequada para evitar bolhas (de dry fit ou poliamida) e roupas específicas, como as bermudas de compressão que evitam o atrito na pele e as camisetas das provas, que costumam ser muito boas”.

Por ser um esporte que depende mais do próprio atleta do que dos equipamentos, a corrida não costuma ser uma modalidade de alto custo ou de difícil acesso. Assim, além de um bom par de tênis, outros equipamentos podem ser utilizados, mas apesar de úteis, nenhum deles é indispensável. Entre os preferidos pelos atletas, estão os relógios e monitores de pulso, que p,odem verificar a frequência cardíaca durante a corrida, o ritmo, a distância percorrida, as calorias gastas, o trajeto realizado, entre outras funções.

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