Aos 72 anos, Danilo D’Ávila passou praticamente metade de sua vida correndo atrás de mulheres bonitas. E, apesar da idade, continua no mesmo ritmo. Engana-se, porém, quem pensa que este senhor é mulherengo ou adora um rabo de saia. Ele é um dos pioneiros no Brasil a organizar concursos de beleza aqui em Curitiba. Desde a primeira miss eleita pelas mãos de D’Ávila, em 1978, já se passaram quase 35 anos. A última beldade descoberta por ele foi Sheislane Hayalla, eleita Miss Brasil no último sábado.
Tudo começou ainda em 1977, quando D’Ávila conheceu o universo dos concurso de miss. “Nessa época, tinha um cliente em minha agência de propaganda que era uma fábrica de maiôs e eles me pediram para apoiar o Miss Curitiba. A experiência deu tão certo que um ano depois adquirimos os direitos do Miss Paraná e começamos a organizar por conta própria o evento. E nunca mais paramos, assumindo ainda a realização de outros concursos nacionais e internacionais”, lembra.
O concurso nacional de maior destaque é, claro, o próprio Miss Brasil. Apesar de existirem outros dois eventos com nome parecido – Miss Brasil Oficial e Miss Mundo Brasil, D’Ávila garante que o dele é o autêntico. “Fomos nós que regulamentamos o evento, em 1991, mas lá por 1998, alguém implicou que não poderia haver exclusividade na marca Miss Brasil porque está relacionada ao nome do país e surgiram os outros”, conta. No início, a vencedora do Miss Brasil de D’Ávila participava também do Miss Beleza Internacional, mas, desde 1994, concorre ao Miss Globo Internacional.
Dos eventos internacionais, este é o que já elegeu mais brasileiras como vencedoras, segundo ele. “De todos os concursos com projeção nacional, é neste que temos conseguidos melhores resultados. Volta e meia tem uma brasileira ganhando, como no ano passado mesmo, em que a Jakelyne Oliveira, do Mato-Grosso, foi a vencedora. No Miss Universo, esse que é transmitido pela TV Bandeirantes, faz mais de 50 anos que o Brasil não ganha”, comenta.
E, apesar de algumas pessoas acreditarem que os concursos de beleza estão fora de moda, D’Ávila garante que só viu crescimento no mercado desde que começou a trabalhar na área. “Já ouvi muita gente dizer que ‘concurso de miss já era’, mas não é bem assim. Antigamente, faz um evento por ano só. Hoje, temos concursos em tudo que é lugar e tem miss nossa viajando pelo mundo praticamente toda semana. Cada vez mais, há uma profissionalização deste setor”, afirma.
O primeiro concurso infantil de miss, inclusive, foi uma criação dele. “E, agora, tem mãe que já foi miss infantil e traz suas filhas para participar”, afirma. São tantos os concursos realizados já, que ele até perdeu a conta de quantas meninas e mulheres foram escolhidas como miss nos eventos organizados por ele, seja infantis ou adultos. “Uma hora vou ter que fazer esse levantamento para ter uma ideia”, avalia. O trabalho é tanto que, atualmente, D’Ávila conta com coordenadores em outros estados para dar conta de tudo.
Enquanto isso, ele já se prepara para começar a organizar o concurso de Miss Brasil do próximo ano. “Assim que encerramos um evento, começamos a planejar o do ano seguinte. Em 2014, ainda por cima, teremos um calendário diferente por causa da Copa e, por isso, precisamos dar início aos trabalhos o quanto antes”. Fora os concursos municipais e estaduais, que acontecem praticamente durante o ano inteiro…
Entre tantas vencedoras, tem até gente que afirma que estava participando só por participar e não queria ganhar. Mas também tem aquelas que conquistaram notoriedade e se tornaram celebridades depois de participarem de seus concursos, como as atrizes Grazi Massafera (a Ester, de Flor do Caribe), Mayana Neiva (a Charlene, de Sangue Bom) e Thaís Pacholek (a Mirela, de Balacobaco), as modelos Natália Casassola (ex-BBB) e Kelly Baron (atualmente no Big Brother Portugal) e a atriz-mirim Lor,ena Tucci (a Teca, do remake de Chiquititas).
“A primeira a fazer sucesso foi a Isadora Ribeiro, vencedora do primeiro concurso infantil que realizamos, antes mesmo de entrar nesse mercado de miss, o Manequim Infantil do Paraná de 1976”, lembra. Para ele, o fato de essas pessoas se destacarem de alguma forma na mídia é uma das coisas que mais o estimulam a continuar, mas o mais gratificante é contribuir com as cidades nas quais os concursos acontecem. “Este segmento incentiva o turismo, movimento a indústria e divulga os nomes dos municípios e dos estados onde são realizados”.
Divulgação |
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Rainha das Praias do Paraná (1990), Miss Brasil (1996), Miss Paraná e Miss Brasil (2013) são apenas alguns dos eventos que organizou. |
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