Calvície anda fazendo a cabeça das mulheres

A relação da mulher com o próprio cabelo é única. Cuidar das madeixas não faz parte apenas da rotina diária. Também ajuda (e como!) a mulher a se sentir mais bonita e mais poderosa. Dia ruim é aquele em que o cabelo não está do jeito que queremos. Imagina então quando os fios vão ficando ralinhos e quando dá para ver mais o couro cabeludo… Estes são sintomas da calvície feminina, que é diferente da calvície dos homens, mas causa transtornos para as mulheres (até mais do que para os homens).

E não são apenas transtornos físicos, mas também (e talvez principalmente) emocionais. “As pacientes chegam ao consultório bastante ansiosas e cheias de expectativas para saber se o cabelo vai voltar a ser o que era. Muitas já chegam com pelo menos uma fase intermediária da calvície”, explica a médica dermatologista Lauren Morais.

Nas mulheres, a calvície tem essa característica de fios bem finos e com mais espaço visível no couro cabeludo, não ocorrendo necessariamente uma queda acentuada de cabelo. “A origem da calvície feminina é genética. A mulher deve observar o histórico familiar ou as gerações anteriores. Questões hormonais também são importantes. Situações de desequilíbrio podem gerar uma predisposição maior, como em casos de ovários policísticos ou menopausa”, afirma Lauren.

Reprodução
Calvície feminina pode começar com uma simples queda de cabelo.

O sinal de alerta deve acender se a mulher está tendo os sintomas, incluindo cabelo quebradiço, e não está fazendo procedimentos no cabelo como escova progressiva ou uso de chapinha, por exemplo. “A calvície feminina é um processo progressivo e necessita um controle contínuo. Quando ainda está no início, é possível controlar mais facilmente e manter melhor”, revela a também médica dermatologista Christine Graf Guimarães, especialista em transplante capilar.

Quando o diagnóstico é feito, a primeira ação é tentar controlar a progressão da calvície. O tratamento depende da gravidade e da idade da mulher, segundo Lauren. Alguns remédios podem ser receitados, tanto para passar no couro cabeludo quanto para ingestão. Os casos que estão em uma fase intermediária passam pelo controle da ação da calvície e a mulher pode até mesmo recuperar fios. “Quem está nesta situação pode retornar ao normal. Mas, quando o cabelo afinou completamente, e há algum tempo, pode haver necessidade de transplante capilar como solução”, esclarece Christine.

A técnica utilizada é a retirada de fios da região da nuca. Esta região não é suscetível aos hormônios e, por isto, este cabelo pode ser utilizado no transplante capilar. A médica retira os fios, os separa e depois implanta na área calva, com resultados definitivos. “Mas é preciso manter o tratamento”, pondera Christine. De acordo com ela, o transplante capilar hoje em dia tem resultados naturais e não é perceptível para outras pessoas.

Outra opção de tratamento é utilizar o chamado fator de crescimento, com a separação das proteínas que atuam na comunicação celular e que dão a informação para a regeneração do folículo do cabelo. Para isto, a mulher precisa ter alguns folículos de base. Isto significa que a área calva deve possuir pelo menos penugens para que o tratamento possa funcionar.

A aplicação pode ser feita por meio de laser, que vai até uma camada mais profunda e libera os fatores de crescimento. A opç&ati,lde;o pode ser a utilização de uma máscara capilar para tentar alcançar o mesmo resultado. “A terceira forma é através da utilização de plaquetas, que são ricas em fatores de crescimento. A concentração de plaquetas é aplicada na área calva para estimular e pode ser associada ao transplante capilar para um melhor resultado”, comenta Christine.

A maior prova de que o problema interfere (muito) na autoestima das mulheres é o fato de que a maioria delas não quer nem falar sobre o assunto. Uma professora até aceitou conversar sobre o processo pelo qual passou, mas preferiu não se identificar. “No meu caso, o problema não é tão sério, nunca deu para ver a calvície muito bem, mas, por ser uma questão externa, mexe muito com a gente sim”, comenta. Até chegar a uma especialista que tratasse bem a calvície, ela passou por vários médicos. “Fui em vários dermatologistas logo que comecei a ter queda de cabelo, mas nenhum tinha conhecimentos específicos nessa área e, por isso, passei por vários tratamentos, como clínico e com laser. Agora, a queda está diminuindo e observei uma boa melhora”, conta.

A melhor solução para a mulher que apresenta os sintomas da calvície feminina é procurar um médico dermatologista, que vai indicar o tratamento mais adequado para cada caso. Os preços dos procedimentos variam, pois vão desde um produto manipulado em farmácias até um transplante capilar, que exige um trabalho mais preciso e com uma grande equipe de profissionais.

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