Desculpa não existe para as mulheres que viajam sozinhas pelo Brasil e pelo mundo. Elas superaram a insegurança inicial e colocaram o pé na estrada. Algumas encaram uma viagem sem companhia mesmo. Outras preferem as excursões. O importante é não ter medo de sair de casa e não deixar de aproveitar a oportunidade porque o marido não quer viajar, porque as amigas não têm dinheiro ou porque o namorado não tem tempo.
Viajar sozinha não significa ficar assim o tempo todo. Para a publicitária e confeiteira Daniele Lieuthier, conhecer lugares sem companhia faz com que a atenção esteja voltada para as outras pessoas. “É uma das maneiras de conhecer uma enorme quantidade de pessoas. Quando você viaja com uma companhia, não precisa se esforçar para conhecer alguém. A gente acaba fazendo muitas amizades, com pessoas do mundo inteiro”, ressalta. Daniele já fez mochilão e aproveitou a experiência de morar um ano na França para, a partir de lá, conhecer toda a Europa.
A assistente social Luciana Almeida, que mora em São Paulo, narra as viagens que fez por todo o mundo, sozinha ou acompanhada, no blog Roteiros da Lu (www.roteirosdalu.com). A experiência de viajar sozinha começou em Buenos Aires, quando ficou dois dias esperando as amigas. “Fui antes e vi que era possível viajar sozinha. O primeiro pensamento é me divertir, independentemente de conhecer alguém ou não. Em uma viagem para a Itália, eu fiquei mais sozinha. O importante é aproveitar e curtir a sua própria companhia. Se você não fizer amizade com ninguém, sabe que vai aproveitar do mesmo jeito”, comenta.
Viajando sozinha, isto não acontece. Passei até a perceber melhores os lugares”, conta Giselle Nogueira, que também mantém um blog, com as histórias de suas viagens, o Mulher que viaja sozinha (www.mulherqueviajasozinha.blogspot.com). Ela resolveu dividir suas experiências depois de tantas mulheres perguntarem como é viajar sozinha.
Preparação com antecedência
Se viajar completamente sozinha assusta, pode-se começar com uma excursão. Existem opções no mercado que atendem estas mulheres, que se integram em grupos nos destinos escolhidos. “As empresas estão vendendo pacotes com quartos compartilhados. A mulher conhece a companheira de quarto na hora. Mas a pessoa tem que estar aberta porque pode encontrar alguém que ronque, por exemplo. Mas pode também ficar em um quarto sozinha. Ela tem a companhia durante o dia com o grupo e à noite tem a privacidade”, explica Marcelle Benzi de Lima, diretora da Interlaken Viagens e Turismo. De acordo com ela, a mulher mais velha prefere a excursão. Primeiro procura as opções deste tipo de pacote para depois escolher o destino.