Em um mundo cada vez mais globalizado e competitivo, dominar uma língua estrangeira se tornou um item obrigatório no currículo de qualquer profissional. Pais que vivem esta dificuldade hoje no mercado de trabalho não costumam medir esforços para investir na preparação dos seus filhos para o futuro.
Além dos cursinhos tradicionais de inglês, que devem ser freqüentados em horários alternativos ao colégio, outra opção que vem ganhando cada vez mais força são as escolas bilíngües. Educar crianças em duas línguas é uma prática comum em vários lugares do mundo, mas aqui, no Brasil, a modalidade começou a se expandir apenas há pouco tempo.
A melhor idade
Nos primeiros anos de vida, a capacidade cognitiva das crianças está a todo vapor. Elas estão extremamente atentas, abertas ao aprendizado e ávidas para conhecerem o mundo e se comunicar com ele. Por isso, os especialistas são unânimes em afirmar que esta é a melhor idade para aprender outro idioma.
Prova disso são crianças cujos pais possuem diferentes nacionalidades, ou ainda aquelas que nascem em países de dois idiomas. Por volta dos três anos de idade, acredite, os pequeninos já falam fluentemente as duas línguas, sem nenhum sotaque.
Como funciona
Numa pré-escola bilíngüe, as aulas de idioma estrangeiro não se separam do restante das atividades. Pelo contrário, elas estão presentes no cotidiano das crianças, seja na fala da professora, nos livros, nas músicas, nas tarefas e nas brincadeiras.
Apesar dos benefícios de uma educação como esta serem muitos, os pais devem manter-se atentos a certos detalhes importantes. Para a psicóloga Ana Sesarino, é preciso que também exista um investimento afetivo por parte da família. Os pais devem participar do processo, mostrar interesse e afinidade pela segunda língua escolhida. Entretanto, isso não significa que a cobrança deva ser excessiva, transformando o aprendizado em algo penoso para a criança, que ainda é muito pequena.
Outro ponto importante é a alfabetização. Até os quatro anos de idade, o contato com a língua estrangeira deve ser apenas oral, nada mais do que isso. Para que não ocorram atrasos no desenvolvimento, as crianças devem aprender a ler e a escrever primeiramente em sua língua materna; e só com esta dominada aprender a gramática estrangeira.
A mensalidade de uma escola bilíngüe costuma ser mais cara, isso é verdade. Mas, vale lembrar que a maioria delas trabalha em período integral, além de pouparem gastos futuros com os longos e intermináveis cursinhos de línguas.