Eles enriquecem o chão, delimitam espaços, criam áreas de aconchego. E quando são autênticos ou produzidos dentro de rígidas normas de qualidade, os tapetes ainda ganham longevidade e se tornam peças de família (daquelas que passam de geração em geração).
Só que o preço que se paga por um exemplar assim exige do comprador o mínimo de conhecimento sobre os tapetes. Até para não levar gato por lebre.
Reconhecimento
Os tapetes feitos à mão são os mais tradicionais, duráveis e valiosos. Normalmente, eles são tecidos com fios de lã pura, seda pura ou fios mistos com lã e seda.
Para reconhecer se todo o trabalho de confecção foi manual, basta olhar o verso do tapete. “Os produtos industriais levam uma camada de cola plástica para firmar a pelagem. Já os artesanais têm o verso idêntico à frente do tapete, sem nenhum resíduo de cola”, explica Ardi Farahani, proprietário da loja de tapetes Persépolis.
Outra diferença entre eles, é que os tapetes artesanais podem ser enrolados. Ao contrário dos industriais, que se “quebram”.
Classificações
Os orientais são os tapetes mais famosos, e valiosos. Tudo por conta da tradição e habilidades dos artesãos e tecelões de países como Nepal, Irã, Índia, Marrocos e Paquistão. Onde a fabricação de tapetes se dá entre tribos nômades ou grandes mestres, famílias humildes ou verdadeiros artistas.
Por conta disso, convencionou-se classificar os tapetes orientais conforme sua procedência. Os tribais são aqueles produzidos por tribos nômades e que levam o nome da tribo ou da sua região. Os tapetes de aldeia levam o nome da aldeia ou da maior cidade da região. Os tapetes de oficina são feitos em pequenas oficinas de arte e levam o nome da cidade. Por fim, os tapetes de mestres são produzidos por artistas da tecelagem e geralmente são batizados com o nome da cidade onde foram fabricados e carregam como sobrenome o nome de seus criadores. Outra característica desses tapetes é que eles exibem a assinatura do mestre.
Antiguidades
A sócia-diretora da By Kamy, Francesca Alzati, explica que os tapetes antigos são os mais valiosos. “Só que para serem considerados antigos, eles devem ter entre sessenta e oitenta anos, no mínimo”.
Para saber identificar uma antiguidade dessas, repare na maneira como o tapete se acomoda no chão. “As peças antigas tem o urdume (ou base) feito em lã, um material que tem pouca elasticidade e que com o tempo deixa de ficar reto no chão”, explica Francesca.
Preciosidades
Os Caucasianos são tapetes tecidos na região entre o Mar Cáspio e o Mar Negro, nos países que fazem fronteira com a Turquia, Irã e Rússia. Sua principal característica é o tamanho pequeno com desenhos geométricos e cores primárias.
Entre os Persas, os tapetes produzidos na capital da província de Khorassam recebem o nome de Meshed. Fabricados por artesãos de pequenas aldeias ao redor da cidade de Snata a partir de uma técnica chamada Nó Persa, eles se caracterizam pela trama feita com fios de algodão e lã, pelo desenho central de um medalhão e os desenhos florais.
Os Indianos chamados Agra não são produzidos há mais de 50 anos. Eles apresentam desenhos coloridos, com temática hindu e muitas flores.