Por ser tão íntimas, as cirurgias ginecológicas costumam assustar bastante as mulheres. É por isso que elas costumam receber uma atenção especial da classe médica e do mercado de tecnologia em saúde, que não medem esforços para torná-las menos invasivas. Um dos avanços mais recentes é a chegada de um novo aparelho ao Brasil, que promete mais segurança nesses procedimentos, o RUMI II System.
De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Endometriose, Mauricio Abrão, a maior dificuldade dos médicos durante esse tipo de operação é a manipulação dos órgãos, em especial o útero. “Em uma cirurgia ginecológica, é preciso que o útero tenha movimentos para frente, para trás e para os lados, para que se possa fazer o procedimento com precisão. Neste sentido, esse instrumento é claramente um divisor de águas, pois traz mais segurança e possibilita uma cirurgia mais bem-feita”, comenta.
A principal doença que leva à realização de intervenção cirúrgica é a própria endometriose. De acordo com Abrão, entre 10% e 15% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva sofrem com a doença, o que representa cerca de seis milhões de pessoas. Desse total, entre 30% e 40% há necessidade de cirurgia. Segundo Patricia Zancanella, coordenadora de Qualidade e Assuntos Regulatórios da BMR Medical, o aparelho deve estar disponível no mercado brasileiro já no início de 2014, mas muitos médicos já o conhecem por meio de experiências no exterior.