Paredão mexicano

Se não fosse o goleiro Ochoa, Brasil poderia ter vencido

O jogo do Brasil ontem contra o México frustrou os brasileiros – torcida e jogadores. Foi uma atuação que não deixa esperança de ir longe. Embora o ataque não fosse eficiente e dependesse de jogadas e cobranças de falta e de escanteio de Neymar, a realidade é que as oportunidades esbarraram nas defesas de Ochoa, grande goleiro mexicano, o nome jogo. No primeiro tempo ele já aparecia com segurança até que aos 26 minutos voou no canto direito e defendeu uma cabeçada de Neymar, que escorou cruzamento e subiu mais alto que Rafa Marquez. A bola ia morrer no fundo das redes – mas não morreu. Aos 43 minutos, ainda do primeiro tempo, Ochoa apareceu mais uma vez: Thiago Silva amorteceu de peito dentro da área para Paulinho que chutou e o goleiro mais uma vez salvou.

O Brasil foi para o vestiário achando que a parada no segundo tempo seria dura: tinha razão e foi, ainda que Felipão tirasse Ramires e colocasse Bernard. No terceiro minuto, Bernard escapou pela direita, cruzou para Neymar e Rodriguez tirou de cabeça. Não era fácil. O Brasil tentava.

O México não só gostava do jogo como começava a mandar no meio-campo. A saída de Ramires fragilizou o sistema defensivo, mas a entrada de Bernard não foi suficiente para turbinar o sistema ofensivo. Ainda assim, aos 17 minutos, Neymar cobrou falta e ela passou raspando no lado direito de Ochoa. Ele mais uma vez aparecia. Aos 23 minutos, cruzamento na área, Neymar dominou e o goleiro mexicano defendeu. Felipão tirou Fred que pouco vez para a entrada de Jô. Também tirou Oscar que não repetiu a boa atuação contra a Croácia e colocou William. Não adiantou. O time continuou desnorteado.

As esperanças brasileiras terminaram aos 40 minutos. Lateral mexicano fez falta em Luiz Gustavo e Neymar foi para a cobrança. Ele lançou a bola na pequena área, Thiago Silva subiu do jeito que quis de frente para o goleiro, cabeceou do jeito que quis em cima do mexicano. Mas Ochoa, seguro, mostrou reflexo e defendeu. Ali a torcida brasileira teve certeza de que o melhor era evitar o pior: um contra-ataque mexicano que provocasse um desastre no Castelão, em Fortaleza, que era a derrota. E quase que ela aconteceu: aos 45 Jimenez chutou cruzado e Júlio César defendeu. Jogando deste jeito, até o Irã faz cara feia para o Brasil.

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