Paulo Vecchio passou por 3 clubes e ganhou 7 títulos

Emoção não falta na vida daquele jogador alto que veio dos Pampas para fazer nome no futebol paranaense. Paulo Roberto Vecchio nasceu no dia 30 de janeiro de 1943, em Porto Alegre e começou a carreira no Sport Club Internacional. Em 1961 foi para o São Paulo e no mesmo ano voltou para o colorado gaúcho. No ano seguinte, 1962, foi atraído por uma proposta do Londrina de Futebol e Regatas e foi campeão estadual pelo Caçula Gigante. Em 1964, já estava em Curitiba, jogando pelo Ferroviário. Foi bicampeão pelo Boca Negra – 1965 e 1966, os dois últimos títulos da história do clube. No início de 1968, foi para o Metropol de Criciúma. Na metade do ano ele voltou para Curitiba e foi campeão estadual mais uma vez, desta vez pelo Coritiba, onde voltou a ganhar outros títulos.

Paulo Vecchio é um caso raro de ídolo e campeão em três clubes distintos no Paraná. Ele deixou saudades no Londrina, no Ferroviário e no Coritiba, onde conquistou os títulos de 1968, 1969, 1971 e 1973. Pertence a uma restrita galeria de jogadores com sete títulos estaduais no currículo. Todas as passagens são recheadas de boas histórias. Uma história que começou em Porto Alegre, quando era criança. ‘Eu morava bem em frente onde foi construído o Beira-Rio. Foi ali que comecei a bater bola. Depois, fui treinar no Independência, o antigo estádio do Internacional. Eu era vizinho do Nilo, que anos depois veio jogar no Coritiba. Fui eu que levei o Nilo para treinar no Internacional. E ele não queria de jeito nenhum’, recorda.

Aos 16 anos, estourando no juvenil do Inter, ele fez seis gols numa goleada por 8 x 0 que o colorado gaúcho aplicou no Cruzeiro de Porto Alegre. Um diretor viu e o levou para uma partida amistosa em Montevidéu, contra o Peñarol. Foi a estréia dele no profissionalismo, com 16 anos. O jogo terminou empatado por 0 x 0. Na semana seguinte, no dia 17 de abril de 1960, numa partida no estádio Estrela D’Alva contra o Guarani de Bagé, vencida pelos anfitriäes por 4 x 2, Paulo Vecchio fez os dois gols do time da capital. Como naquele tempo, quem jogava pelo profissional não podia mais voltar para o juvenil, ele virou profissional aos 16 anos.

Algum tempo depois o futebol do jovem meia ponta de lança atraiu o interesse do Bolonha, da Itália. ‘Eu fiquei animado, mas o Inter pediu uma fortuna na época. Acho que não queria me vender. Pediu 8 milhäes de cruzeiros’, recorda. A recusa do time gaúcho em vendê-lo deixou-o enfurecido com o Internacional. Para acalmar o jogador, e dar experiência a ele, o colorado gaúcho o emprestou por um ano ao Londrina.

Paulo Vecchio chegou ao Londrina em 1962. Estava com 19 anos. Após o título estadual, o time do Norte o comprou do Internacional por 2 milhäes de cruzeiros. Em seguida, sabendo do interesse do Ferroviário, o vendeu por 3 milhäes, com direito a ficar com a renda da partida entre os dois times em Curitiba, que acabou rendendo 1 milhão e 750 mil cruzeiros. No final das contas, o Londrina pagou 2 milhäes e vendeu por 4 milhões e 750 mil.

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