A Tribuna e Paraná Online publicam a partir da próxima segunda-feira, dia 19, uma série sobre os jogadores paranaenses que envergaram a camisa verde-amarela em Copas do Mundo e no Campeonato Sul-Americano de 1942, ano em que haveria Copa, não realizada em decorrência da Segunda Guerra Mundial. A nova série será curta e vai durar durante as semanas em que serão realizados os jogos da competição promovida pela Fifa no Brasil. As reportagens serão publicadas sempre às segundas-feiras e durante este período o jornal manterá suspensa a série Lendas Vivas do Futebol Paranaense, que retornará na segunda segunda-feira depois do encerramento da Copa do Mundo – ou seja, no dia 21 de julho.

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A primeira reportagem da nova série especial vai enfocar o atacante Patesko, que saiu do Palestra Itália para ser um dos principais jogadores do Botafogo do Rio de Janeiro nos anos 30 e 40. E também da Seleção Brasileira dos anos 30. Patesko foi o primeiro paranaense a fazer grande sucesso no escrete nacional. Um feito extraordinário, porque a hegemonia do futebol brasileiro se concentrava em Rio de São Paulo. Uma hegemonia que durou até o final dos anos 60 e começo dos anos 70, quando os times de Rio Grande do Sul e Minas Gerais começaram a ter mais projeção nacional. Longe dos grandes centros e sem visibilidade proporcionada pelos atuais meios de comunicação, os jogadores de nosso estado, ainda que fossem da mais alta qualidade, ficavam praticamente “escondidos”.

Ainda assim a história de paranaenses na seleção é antiga. E, segundo os historiadores do futebol araucariano Heriberto Machado e Levi Mulford Chrestenzen, começa no dia 6 de junho de 1921, com o anúncio da comissão técnica da convocação dos jogadores para o selecionado que ia disputar o Campeonato Sul-Americano de Futebol, em Buenos Aires. Na lista estava o half Gonçalo Pena, do Coritiba. Na realidade, a convocação foi para reforçar o selecionado carioca, base do time nacional. No dia 11 de setembro o Selecionado Paranaense enfrentou o Selecionado Carioca como parte dos preparativos para a competição sul-americana. Os paranaenses conseguiram a façanha de serem derrotados no Rio de Janeiro por uma contagem apertada: 3×2. Esta partida motivou a convocação de mais três jogadores do selecionado estadual: o centroavante José Bermudes, também conhecido por Maxambomba, e o ponteiro Meister, ambos do Coritiba. O terceiro nome era o do goleiro Hermógenes do Palestra Itália.

Dos quatro paranaenses na lista inicial, no entanto, apenas Maxambomba e Gonçalo Pena fizeram parte da delegação brasileira que foi à Argentina.

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Já Patesko foi o primeiro paranaense protagonista em uma competição oficial da Seleção Brasileira – a Copa do Mundo de 1934. A história de Patesko, antes de chegar à seleção, no entanto, passa pelo Rio Grande do Sul e do Uruguai. Patesko entra na seleção que ia disputar a Copa de 1934 na Itália e se mantém no selecionado na competição posterior disputada na França, em que o Brasil foi mais competitivo e conquistou o terceiro lugar. Os próximos jogadores paranaenses no selecionado em competições oficiais seriam anunciados somente em 1942, quando estava prevista mais uma edição da Copa do Mundo – que seria realizada provavelmente no Brasil, embora Alemanha e Argentina tivessem manifestado interesse em sediar o evento. Os dois jogadores e primeiros do Atlético no time nacional foram o goleiro Caju e o lateral-esquerdo Joanino.

Na primeira metade do século passado, estes foram os paranaenses que envergaram a camisa do Brasil em competições oficiais. No entanto, a partir dos anos 70, embora com rara assiduidade, outros paranaenses vieram a se destacar. E entre eles, pelo menos dois foram marcantes: o meio-campo Dirceu, que foi do Coritiba e que jogou quatro Copas e Kleberson, do Atlético, que fez parte do time que conquistou o último título para o Brasil, no Japão, em 2002. No entanto, o Paraná agregou outro campeão, de 1958: o lateral-direito De Sordi que passou a maior parte de sua vida no norte do Paraná, ligado ao União Bandeirante.

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Curitiba e a Copa

Esta será a segunda vez que Curitiba receberá jogos da Copa do Mundo. A primeira vez ocorreu em 1950, quando a cidade recebeu Espanha 3×1 EUA, e Suécia 2×2 Paraguai. Os dois jogos foram realizados na Vila Capanema.

Arquivo
A partir da próxima segunda, Edilson Pereira apresenta os paranaenses que foram à Copa.