Lendas vivas

Marquinhos virou ídolo local e se aposentou no México

Marquinhos treinou como queria o técnico Vulcetich, assinou contrato até o final do ano como ele queria e jogou bem como a torcida queria. “Quando chegou o final do ano e era para eu voltar, a economia brasileira estava desarrumada e o pessoal dos times brasileiros, como o Coritiba, não tinha dinheiro para repatriar jogador. Não deu para voltar e eu tive que ficar no México”, conta Marquinhos. E assim ele assinou por mais uma temporada. “Com isso eu fui me adaptando por lá, levei minha mulher, as minhas filhas Jacqueline e Giuliana nasceram em Léon e eu fui ficando”, diz ele. O Léon foi fazendo boas temporadas e na temporada de 1991/92 foi campeão nacional, depois de 36 anos na fila. As boas temporadas do clube no campeonato nacional e o título ajudaram Marquinhos a se transformar em ídolo da torcida, ao lado de Milton Queiroz da Paixão, o Tita, que passou pelo Flamengo, Grêmio e Vasco da Gama e virou ídolo histórico do clube.

“Fiz grande amizade com o Tita”, conta Marquinhos. “Tanto que quando ele virou treinador, eu fui ser o auxiliar dele”, completa. Marquinhos ficou no Leon até a temporada de 1994/95, quando foi para o Vera Cruz. Na temporada seguinte voltou para o Leon, onde ficou mais duas temporadas. “Em 1997 eu fui para a Guatemala com o Tita, jogar no Club Social y Deportivo Comunicaciones, então presidido por Roberto Arzu, filho do presidente do país”, diz ele. “Eles chegaram a mudar uma lei que impedia contratações naquela altura do campeonato para que nós fossemos contratados”, diz ele. Resultado, o time foi campeão.

Foi o último titulo de campeão do meia-atacante Marquinhos revelado pelo Pinheiros. Em 1999, depois da terceira operação no joelho e de jogar uma temporada pelo Curtidores, também de Leon, ele pendurou as chuteiras. Estava com 36 anos. O que parecia ser uma aventura passageira no México, iniciada no começo dos anos 90, acabou se transformando numa experiência marcante tanto na carreira quanto na vida pessoal de Marquinhos. “Eu tenho uma identificação muito grande com o México. Fui muito bem lá e a torcida também gostava muito de mim”, diz ele, que devido a outras circunstâncias acabou voltando para o Brasil, mas especificamente, para Curitiba onde mora atualmente.

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