Pachequinho voltou para Curitiba em julho de 1997. E tentou voltar para o Alto da Glória. “Eles nem responderam. Não houve interesse. E assim o Atlético que tinha começado o Campeonato Brasileiro, me fez oferta para jogar até o término da competição. Eu era profissional e tinha que ir. E fui”, conta o atacante, sobre a experiência de vestir a camisa do principal adversário do Coritiba, do qual ele fora ídolo durante vários anos. Até aquele momento o Atlético Paranaense, dirigido por Abel Braga, estava com o saldo de uma vitória sobre o União São João em casa e uma derrota para o Guarani em Campinas. O jogo da estreia de Pachequinho com a camisa rubro-negra foi no dia 13 de julho de 1997, domingo, no estádio Pinheirão, contra o Atlético Mineiro que era dirigido pelo técnico Emerson Leão.
O Atlético Paranaense começou abrindo dois a zero no primeiro tempo com dois gols de Luizinho Vieira, mas cedeu o empate com gols de Dedé e Dedimar. Coube ao estreante do dia, Pachequinho fazer, de cabeça, o gol do desempate, aos 26 minutos do segundo tempo. “Eu me lembro. Foi um gol de cabeça. Aliás, naquela competição eu fiz outros gols de cabeça”, diz ele. Joilson aos 44 minutos ainda ampliou para o rubro-negro. A fórmula do Campeonato Brasileiro daquele ano previa uma primeira fase com 32 rodadas, ao final das quais os oito primeiros fariam uma segunda fase semifinal em dois grupos, cujos campeões se enfrentariam para definir o campeão que foi o Vasco ao passar pelo Palmeiras. Os três clubes da capital fizeram campanhas razoáveis e nenhum se classificou entre os oito finais. Para quem chegou com o campeonato em andamento, Pachequinho teve bom desempenho no time rubro-negro.
Além do gol na estreia, ele marcou na quinta rodada no dia 19 de julho na vitória de 4×3 contra o Bahia, no Pinheirão. O seu gol veio num momento em que o time baiano tinha passado à frente. Aos 24 minutos do segundo tempo, Pachequinho empatou e aos 36 Jorginho fez o gol da vitória. Numa partida pela nona rodada contra o Paraná Clube, no Couto Pereira, um domingo, dia 3 de agosto, Pachequinho fez os dois gols na derrota de 4×2 para o tricolor. Um detalhe: o Paraná saiu na frente e o Atlético empatou. O Paraná fez o segundo e o Atlético mais uma vez empatou. Depois não segurou a pressão. O atacante voltaria a marcar no jogo seguinte em mais uma derrota. Desta vez por 3×1 contra o Botafogo, em Caio Martins, no dia 9 de agosto.
Talvez o resultado mais auspicioso no qual dele marcou gol tenha sido o conquistado pelo Atlético na décima-terceira rodada no estádio major Levy Sobrinho, em Limeira, contra o Corinthians. Pachequinho abriu a contagem aos 22 minutos do primeiro tempo. “Foi mais um gol de cabeça”, recorda. Jorginho ampliou aos 44 minutos e o Corinthians só foi diminuir no segundo tempo, aos 23 minutos, através de Marco Aurélio. Mas ficou só nisso. O último gol de Pachequinho com a camisa rubro-negra foi contra o São Paulo, no estádio Durival de Brito e Silva, um sábado, no dia 23 de agosto, pela décima-quarta rodada. Na penúltima partida do atacante com a camisa atleticana justamente contra o seu ex-clube, o Coritiba, no dia 26 de outubro, no estádio Couto Pereira, pela 29ª rodada. Pachequinho não marcou. Mas o Atlético saiu vitorioso: 2×0, gols de Paulo Miranda aos 13 minutos e Luizinho Vieira aos 45 minutos, ambos no primeiro tempo.
O atacante ainda esteve em campo na vitória de 2×1 contra o Internacional, no dia 1 de novembro, um sábado, no Pinheirão. Foi a última partida com a camisa rubro-negra. E depois do campeonato, ele deixou o Atlético Paranaense. E por que não ficou no Atlético? Pachequinho acredita que naquela época o clube estava mais interessado em revelar jogadores. “Eu fui justamente na época em que eles venderam Oséias e Paulo Rink. Fizeram muito dinheiro. Eu acho que eles queriam revelar jogadores jovens, visando o mercado externo. Eu estava com 27 anos”, estes eram os dois problemas que ele acredita que impediram sua perman&e,circ;ncia no clube por mais tempo. No entanto, havia mais um: “Eu tinha passado por cinco cirurgias, quatro no joelho direito e uma no esquerdo. Tudo isto acaba pesando”, conclui ele.
Pachequinho ainda vestiu a camisa do Paraná Clube. ‘Mas a verdade é que no tricolor eu fiz muita coisa porque o meu joelho já não deixava render o futebol de antigamente. Eu passei pelo Paraná, mas não pude fazer uma campanha’, reconhece.