Marquinhos viveu um episódio curioso no começo de 1988. Na condição de campeão paranaense do ano anterior, ele chamou a atenção do Internacional que quis contratá-lo. “No final de 1987, o Pinheiros foi fazer um amistoso contra o Grêmio em Porto Alegre e a imprensa de lá só falava nisso, que eu estava indo para o Inter”, diz ele. Mas, aí, o negócio esfriou e o técnico Rubens Minelli, do Palmeiras, pediu a sua contratação. “Eu fui para o Palmeiras. Depois de quatro jogos, Minelli caiu e o Ênio Andrade, que era o técnico do internacional, foi contratado”, conta Marquinhos. Andrade chamou Marquinhos num canto e contou: “Você estava indo para o Internacional, mas quem vetou sua contratação fui eu, que queria um ponta-esquerda avançado e não um recuado, como você joga”, disse o jogador. Moral da história: Andrade teve que se virar o resto do Campeonato Paulista de 1988 com o ponta-esquerda recuado que não quis no Internacional e que encontrou no Palmeiras. Ironias do futebol. 

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Atleticano

Marquinhos faz parte da história do Paraná Clube. Ele jogou seis meses no tricolor de Vila Capanema. “Quando houve a fusão, eu estava no Pinheiros e acabei jogando seis meses no Paraná Clube, antes de ser vendido para o Leon do México”, conta ele. Outro clube que ele defendeu foi o Atlético Paranaense. “Eu joguei no Atlético o Brasileiro de 1988, o Paranaense e o Brasileiro de 1989”, conta. “Era um time que tinha o Marola, Roberto Cavalo, Carlinhos Sabiá, o Adilson, entre outros. Eu fui muito bem, mas o time foi mal e acabou caindo no Brasileiro. Joguei todos os jogos, menos um antes do qual eu me machuquei. Mas, acabei voltando para o Pinheiros, porque estava no Atlético por empréstimo”, diz ele.

O juiz estava de luto

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O árbitro Tito Rodrigues ficou uma fera quando soube que o tiraram da partida decisiva em Cascavel entre Pinheiros e o time da casa. Tito alegava que foi colocado na “geladeira” pelo diretor do Departamento de Árbitros da Federação Paranaense de Futebol, Sebastião Furquim. No hexagonal final apitou apenas uma partida. E na última foi deslocado para apitar Coritiba e Colorado, que não tinha importância na definição do campeonato daquele ano. Rodrigues entrou para apitar esta partida com uma tarja preta no braço, em sinal de luto. Quando o indagaram sobre aquela tarja preta, no entanto, ela saiu pela tangente: “Sabe que morreu um parente meu? E eu resolvi prestar uma homenagem!”. Mas na hora de dar entrevista ele disse que cogitava trocar o futebol do Paraná para apitar jogos no Rio de Janeiro.

Tita, o amigo

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“O pessoal em Leon tem um grande carinho pelo Tita”, conta Marquinhos. E ele retribui. Ídolo histórico do Flamengo, quando o time da Gávea enfrentou o León pela Libertadores, neste ano, Tita não torceu por nenhum dos dois times.