Na Bahia, os baianos resolveram coroar Dadá. “Quando eu joguei pelo Bahia, eles resolveram me coroar Rei Dadá. Mas quem levou a sério foram os gaúchos. Eles consolidaram o meu título de Rei Dadá. Se sou Rei Dadá hoje, foi porque os gaúchos levaram a sério”, diz ele. A passagem vitoriosa pelo Internacional, mais os 200 gols que fez pelo colorado, o transformaram num ídolo dos Pampas. “Eu fico feliz, que fiz muitos gols no Grêmio, mas sou estimado pelos gremistas”, diz ele. O fenômeno Dadá Maravilha andou por Salvador, Recife, Belém e Manaus, além de Campinas. “No Bahia eu era sucesso total. Saiu no Fantástico quando virei Rei Dadá. Eu arrebentei. Fiquei dois anos por lá e o baiano é louco por mim até hoje”, diz ele.
E ele garante que o mesmo acontece em Recife onde jogou pelos três clubes da cidade: Sport, Náutico e Santa Cruz. “Se você for em Recife e falar que Dadá é feio, você morre. Eles te matam”, diz ele. “Teve um campeonato pernambucano em que eu fui artilheiro jogando apenas um turno enquanto Nunes jogando os dois não me alcançou”, diz ele.
Mas o gol mais bonito de sua vida ele diz que fez com a camisa do Paissandu. “Não teve mídia e aconteceu no Papão, num jogo pela semifinal do campeonato paraense contra o Remo. Deu uma louca em mim. Eu nunca fui de driblar. Eu driblei seis de uma vez, um atrás do outro e fiz o gol. Quando eu marquei os colegas chegaram e disseram: esse gol é do Pelé, esse gol não é seu. O locutor ficou louco, ele disse, Dadá dribla um, dribla, dois, dribla três, dribla, quatro, dribla cinco, dribla seis, ele agora está driblando as cadeiras e não vai parar. Nós ganhamos de 3 a 0”.