Craque da época, Pelé avisou: “Cuidado, italiano!”

Nico não jogou contra qualquer um. “Joguei dez anos de titular no Coritiba. No geral, fiquei quinze anos no clube e disputei treze temporadas”, recorda. Ele não era tão alto (1,75m) mas tinha grande impulsão. “Quando eu saltava, superava até quem tinha dois metros. Eu passava por cima”, afirma.

Para um zagueiro que pontificou na zaga do Coxa por mais de dez anos sem ser expulso, ele mostrou que sabia o que fazer com a bola e com o adversário. Além disso, jogou numa época em que encarava Pelé, Vavá e Garrincha. Depois de enfrentá-lo, Pelé saiu de campo dizendo: “Joguei com um beque tão duro quanto este italiano”. Hoje Nico recorda: “Eu marquei o Pelé. E fui bem. Perdemos de 1 x 0 uma partida e outra ganhamos de 1 x 0”, diz.

No entanto, ele tem outras recordações do rei do futebol. Nico diz que Pelé, como todos sabem, jogava muita bola, “mas era muito bruto”. Quem tem a imagem de um Pelé vítima de zagueiros truculentos, vai levar um susto. Em campo, a coisa era diferente. Nico conta outra história: “Que nada! Eu jogava pesado, ele estranhou e disse para mim: cuidado, italiano. Toma cuidado que eu vou quebrar a tua perna”.

Nico sabia que não era só ameaça para o zagueiro afinar. Era um aviso mesmo.

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