Boluca parou aos 28 anos, mão não se afastou do futebol

Diferente de hoje em dia, Boluca parou cedo e porque ele e sua família viam uma vida melhor seguindo outra profissão. ‘Eu parei de jogar futebol porque eu me formei na faculdade e assumi um cargo na Procuradoria Federal de Autarquia. O meu cargo era procurador autárquico. Antes disso, eu tive um convite para ir jogar no Botafogo do Rio de Janeiro, mas meu pai disse que era hora de parar com a bola e pensar na vida”, lembra.

Durante anos, ele seguiu uma nova carreira. “E com um cargo de procurador, eu tinha mais que me dedicar para a carreira. E foi o que eu fiz. Eu fui procurador durante quarenta anos. A minha função era defender os interesses da União. Eu fazia isso em Curitiba no Conselho Regional de Contabilidade do Paraná”, destaca.

Mesmo assim, o futebol continuava sendo uma paixão e ele não se afastou muito. Continuou acompanhando tudo de perto, virando o cronista do mundo da bola. “Paralelamente, para não ficar afastado do futebol, eu comecei a trabalhar como colunista na Tribuna do Paraná. Eu trabalhei na Tribuna também por 40 anos. Eu fui o segundo profissional do esporte da Tribuna. O primeiro foi o Albanir Amatuzzi. Depois fui eu. Eu tinha uma coluna chamada Súmula. Como eu era assessor jurídico da Federação Paranaense de Futebol e dava expediente lá, eu tinha facilidade em levantar informações’, revela.

No jornal, Boluca criou alguns dos jargões mais memoráveis do jornalismo paranaense como “Eis tudo”, “Vai com Deus, guri”, “Mais um no céu”, “Quem viver, verá”, “Nada mais disse porque nada mais lhe foi perguntado”, entre outros inesquecíveis.