Vai pra ponta, Natal

Araraquara avisou que a chance na ponta esquerda era maior

Em 1962, Natal viajou para São Paulo para um período de testes no Palmeiras. Ele era meia-esquerda, mas como o time de Parque Antártica ficou sem ponta-esquerda e tinha urgência na posição para fazer excursão ao Rio Grande do Sul, o paranaense foi convidado a ser improvisado. Depois daquela excursão o Palmeiras ia fazer um giro pelo mundo e Natal estava cotado para fazer parte da delegação. Mas aí teve o primeiro problema. Ele não gostava de jogar fora da posição, embora na seleção paranaense se colocasse à disposição do técnico Motorzinho para qualquer lugar no time. “Eu sou meia-esquerda e o Palmeiras precisava de ponta-esquerda. Eu fui nesta posição e nós ganhamos praticamente todas as partidas. Jogamos contra a seleção de Caxias do Sul. Depois jogamos contra o Cruzeiro de Porto Alegre, contra o Internacional no estádio dos Eucaliptos e, finalmente, contra o Grêmio no estádio Olímpico”, conta Natal.

E foi neste último jogo que a maionese desandou. Ele conta num ataque Tupãzinho driblou o zagueirão Aírton três vezes e perdeu a bola. Natal estava livre e reclamou. No vestiário levou uma laranja na cabeça arremessada por Tupãzinho. “Virou uma confusão. Depois disso não teve jeito, eu fui dispensado pelo Palmeiras”, conta Natal.

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