Versão em português do buscador Baidu entra em operação

Maior site da China e espécie de Google local, o buscador Baidu inaugurou nesta quinta-feira, 17, uma versão em português. O lançamento do portal br.baidu.com, voltado ao público brasileiro, foi saudado pela presidente Dilma Rousseff durante a cerimônia de assinatura de atos com o presidente chinês Xi Jinping. Os dois mandatários apertaram juntos o botão que colocou o buscador em português no ar.

De acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, o Baidu é o quinto maior site em acessos no mundo e tem valor de mercado de US$ 58 bilhões. Possui 24 mil funcionários e viu seu faturamento crescer entre 2012 e o ano passado em 53%. Mais de 90% dos visitantes do Baidu são da China, país criticado por entidades de defesa de diretos humanos por controlar a navegação na internet e onde os serviços do Google foram interrompidos recentemente em razão do aniversário de 25 anos da repressão contra manifestantes ao redor da Praça da Paz Celestial, em Pequim.

“No Brasil esse serviço de busca é feito por praticamente uma única empresa (Google). O Baidu aumenta a diversidade da oferta de serviços na área de busca na internet e traz competição”, argumenta Virgílio Almeida, secretário de Política de Informática do ministério de Ciência e Tecnologia. “O Brasil está entre os seis mercados do mundo (em informática). Por estar na América Latina é uma possibilidade deles entrarem e ampliarem o serviço para outros países do continente.”

Além do novo site, o Baidu assinou hoje um memorando de entendimento com o Ministério de Ciência e Tecnologia para a montagem de um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Brasil. O investimento previsto é de R$ 120 milhões em três anos e as áreas de atuação serão mineração de dados e aprendizado de máquinas. Será o sétimo centro de P&D da empresa, que além de três unidades na China conta com centros no Japão, Vale do Silício (EUA) e em Cingapura.

A pasta também informou que a Huawei, multinacional de equipamentos para redes e telecomunicações, também deve instalar um centro de P&D no País. O investimento projetado em três anos é de R$ 200 milhões, com foco em computação em nuvem e mobilidade.

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