O pesquisador do Programa sobre Ciência e Segurança Global da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, Mark Gubrud, tenta – em vão – há duas décadas impedir a propagação de armas robóticas autônomas. Ele é membro do Comitê Internacional para o Controle de Armas Robóticas (CICAR), grupo que quer proibir o uso de robôs que podem matar sem a interferência humana.
Para Gubrud, a maior preocupação está na criação de um avião autômato, criado pela empresa de produtos bélicos BAE Systems. Os temores aumentaram depois que a empresa revelou essa semana fotos de testes realizados com um protótipo, em 2013. Apesar de o governo britânico, responsável por financiar parte do projeto, afirmar que não usará o dispositivo de forma autônoma, os membros do grupo não pretendem se calar.
“Não está clara a razão de o Reino Unido precisar de um avião autônomo de combate furtivo no século 21. Para qual guerra ele é necessário? Que armas terá o inimigo?”, afirmou Gubrud à BBC.
No entanto, o combate do CICAR não só contra superequipamentos de extermínio, mas também contra exemplo simples de aniquilação, como as minas antipessoas. Tudo o que possa “disparar também de forma autônoma, ou de ser instruídos de forma remota para abrir fogo” merece ser combatido, afirmou o pesquisador.