A era dos depoimentos que (não) eram para serem aceitos, das contadas doze fotos no seu único álbum e dos scraps que, com o tempo, ficaram poluídas de gifs e links duvidosos chegaram ao fim nesta terça-feira (30). O Orkut, que foi a porta de entrada das redes sociais para muitos brasileiros, foi descontinuado pelo Google.
A rede social surgiu em 2004, criado por um dos engenheiros do Google, o turco Orkut Büyükkökten, projetista chefe que acabou emprestando o próprio nome ao site. Foi criado nos Estados Unidos, mas a popularidade foi maior entre indianos e brasileiros, a ponto de uma mudança significativa: a sede, que era na Califórnia, foi para o Brasil em agosto de 2008.
Porém, com a aparição de outras redes sociais, como o Twitter e, principalmente, o Facebook de Mark Zuckerberg, veio o declínio no número de usuários e nos acessos à rede social, culminando na decisão do Google de descontinuar o site. A partir desta terça, não será mais possível postar algum recado para o amigo ou mesmo avaliá-lo se ele é legal, confiável ou sexy, mas o Orkut (o site, não o turco) e suas milhões de comunidades onde surgiram inúmeras amizades (e inimizades) estará disponível somente para consultas.
“Entendemos e apreciamos que tantas pessoas gostaram do Orkut ao longo dos últimos dez anos. Além disso, compartilhamos a visão dos usuários de que as comunidades do Orkut representaram uma parte vibrante e chave do Orkut, e é por isso que anunciamos o arquivo de todas as comunidades públicas. Esperamos que este arquivo ajude o Orkut a permanecer como um ícone do início da internet social”, declarou o Google num comunicado emitido em junho deste ano.
Até 2016 será possível salvar fotos, perfis e dados de comunidades do Orkut por meio do Google Takeout.