Os Correios começam a testar, na semana que vem, dois veículos elétricos para a entrega de encomendas, um em Brasília e outro em Curitiba, no Paraná. Eles foram recebidos pelo presidente da empresa, Wagner Pinheiro de Oliveira, entregues pelo diretor de Vendas a Empresas da Renault, Alexandre Oliveira.

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A montadora cedeu os carros em comodato para testes por quatro meses, com possibilidade de prorrogação por um ano. “Inicialmente, faremos os testes para verificar a viabilidade e a possibilidade de integrar os veículos à frota”, disse a vice-presidenta de Clientes e Operações dos Correios, Glória Guimarães.

A redução das emissões de gás carbônico é uma das ações previstas pelo Sistema de Gestão Ambiental dos Correios e também faz parte do programa de redução de emissões de carbono do setor postal da Internacional Post Corporation, da qual a empresa é signatária. A meta é reduzir em 20% as emissões de gases de efeito estufa até 2020.

Em Brasília, o veículo será utilizado em entregas na Asa Sul, Esplanada dos Ministérios e nos setores Comercial e Hoteleiro Sul. Um totem para a recarga do veículo foi disponibilizado pela Companhia Energética de Brasília no Centro de Transporte Operacional da empresa na capital federal.

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Com frota total de 25 mil veículos, os Correios também preparam a compra de 1.200 motos elétricas, a serem adquiridas em 2014 e 2015. As motos foram testadas no ano passado e o processo de licitação deve ser aberto nas próximas semanas.

O automóvel cedido é do modelo Kangoo ZE e tem como características ser 100% elétrico. O veículo não emite nenhum poluente ou ruído e tem as mesmas funções e volume de carga do modelo com motor a combustão. Segundo a chefe do Projeto Veículo Elétrico no Brasil, Silvia Barcik, o veículo tem autonomia de 120 a 150 quilômetros a cada carga e é equipado com motor de 60 cv.

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Ela explica que o carregamento leva de seis a oito horas e custa em torno de R$ 6 a R$ 7. “Faríamos a mesma distância gastando quatro vezes mais usando combustível, em torno de R$ 40, com o preço atual”, explicou. O custo de manutenção também é menor, caindo cerca de 40%, diz a chefe da Renault.