Maio é um mês mágico para os alpinistas. Principalmente para quem quer desafiar o Monte Everest, o mais alto do mundo, na cordilheira do Himalaia, entre o Tibete (sob o domínio da China) e o Nepal. Foi na manhã de 22 de maio de 1953 que o seu topo foi atingido pela primeira vez pelo apicultor neozelandês Edmund Hillary e o sherpa (nepalês) Tenzing Norgay. O fato foi importante para a Grã-Bretanha que se sentiu inferiorizada quando os noruegueses venceram a corrida pela conquista do Polo Sul, em 14 de dezembro de 1911, por expedição liderada por Roald Amundsen. A partir daí, chegar ao topo do Everest com seus 8.848 metros passou a ser obsessão para os ingleses, que perdiam importância no cenário internacional. As outras nações entraram na disputa. Virou ponto de honra colocar uma bandeira nacional no teto do mundo.
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Um paranaense e um carioca colocaram o Brasil na história. O nome dele é Waldemar Niclevicz, nascido em Foz do Iguaçu, em 1966. Junto com Mozart Catão, na manhã de 14 de maio de 1995, às 11 horas e 22 minutos, os dois atingiram o topo da montanha usando como rota a face norte, a mais perigosa. Niclevicz, que hoje desenvolve várias atividades de escritor a palestrante, escalou o K2 e os Sete Cumes do Everest. Não apenas: escalou sete das 14 montanhas com mais de 8 mil metros e mais de cem outras grandes montanhas nos mais diversos continentes (linha do tempo).
Dez anos depois de escalar o Everest, Niclevicz voltou ao local em 2005 ao lado de outro paranaense, o engenheiro Irivan Burda. A dupla fizera tentativa em 2002, mas o mau tempo a impediu de vencer os 500 metros finais. Depois do pioneirismo nacional de Niclevicz, o Everest foi atingido por mais de uma dezena de brasileiros, incluindo Ana Elisa Boscariolli, então com 40 anos, que no dia 18 de maio de 2006 se tornou a primeira brasileira a conquistar a montanha. O pioneirismo de Niclevicz fez dele uma fera do Paraná.
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