De acordo com os cientistas, o ato de amamentar por um ano foi associado a uma queda de 15% nos riscos de desenvolver a doença. Cada ano extra de amanentação foi associado a uma redução ainda maior do risco.
O estudo, publicado no Jornal da Associação Médica Americana, concluiu que o efeito protetor dura por pelo menos 15 anos depois do último período de amamentação da mãe.
A pesquisa sugere que se uma mulher tiver dois filhos e amamentar os dois por um ano cada um, ela diminui em um terço o risco de desenvolver a doença.Mas, aparentemente, a amamentação não tem efeito sobre as mulheres que tinham diabete na gravidez. Já as que tomam remédios para evitar a lactação aumentam o risco de desenvolver diabetes do tipo 2.
Mudanças químicas
Estudos anteriores já haviam mostrado uma possível relação entre a amamentação e um aumento da sensibilidade à insulina e da tolerância à glicose – duas características que diminuem o risco de diabetes.
A equipe de Harvard analisou dados de mais de 157 mil mulheres em dois estudos separados. “Nós já sabíamos há algum tempo que o aleitamento materno é bom para os bebês. Este estudo mostra que ele também é bom para as mães”, disse Alison Stuebe, que liderou a pesquisa.
“Baseado nessas conclusões, temos mais uma razão para estimular as mães a amamentar os filhos.”
Uma mãe em período de amamentação gasta em média 500 calorias por dia – o equivalente a uma corrida de cerca de 8 km – para produzir leite. A energia adicional requerida pela lactação está associada a mudanças de curto prazo na insulina e glicose.
“Nosso estudo apóia a teoria de que o aleitamento materno pode estar associado a importantes mudanças metabólicas que influenciam o risco de diabetes”, disse Stuebe. “Mas ainda são necessárias novas pesquisas para determinar que fatores hormonais e biológicos estão envolvidos.”
A Organização Mundial de Saúde recomenda que mães alimentem seus filhos exclusivamente com leite materno até os seis meses de idade e continuem a oferecê-lo junto a outros alimentos até os dois anos de idade.