A aprovação do governo de Beto Richa (PSDB) chegou a 37,8% entre os paranaenses e atingiu o maior patamar desde setembro de 2015, quando o Instituto Paraná Pesquisas começou a fazer o acompanhamento contínuo da avaliação do governo por parte da população.
Consequentemente, o índice de desaprovação do governo, que chegou a quase 73% em setembro de 2015, caiu para 58,3%. A pesquisa foi encomendada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e foi feita com 2.516 pessoas em 91 municípios do estado.
Um dado que se destaca é que as entrevistas foram feitas poucos dias depois do vazamento da delação premiada de Eduardo Lopes Souza, dono da Construtora Valor, que confirmou que o dinheiro desviado da construção de escolas estaduais abasteceu campanha de Beto Richa.
Mesmo diante deste cenário, Richa conseguiu manter o ritmo de crescimento da aprovação de sua gestão, que vem subindo paulatinamente desde setembro de 2015. Naquele ano de 2015, aconteceu a Batalha do Centro Cívico, em que dezenas de professores ficaram feridos após forte repressão policial.
Nem no quesito combate à corrupção a pesquisa registrou grandes variações negativas. A nota do governador, 3,2, registrou uma queda de dois décimos em relação a março de 2017, mas ainda é mais alta que no início da série, quando foi de 2,6.
Na capital
Do ponto de vista do governo, o destaque negativo da pesquisa é a avaliação de Richa em Curitiba, na Região Metropolitana e no Litoral. Enquanto em todas as outras regiões do estado o governador tem aprovação superior a 40%, nesta região o índice foi de 28,3%.
Consequentemente, essa região é onde o governador tem o maior índice de desaprovação. Enquanto em outras regiões do estado o porcentual de moradores que desaprovam o governo não excede os 55%, na Metropolitana de Curitiba esse índice é de 68,2%.
Expectativa
Outro dado levantado pela pesquisa que também mostra uma melhoria contínua da imagem pública do governador é o crescimento do número de paranaenses para quem o governo Richa está sendo melhor que o esperado.
Esse índice saiu de 4,6% em setembro de 2015 e chegou, depois de seguir em evolução contínua, a 10,6%. Por outro lado, a avaliação de que o governo vai pior que o esperado está em 46,9%, o menor patamar desde 2015.