Já pensou em viver fazendo mágica? No sentido figurado, esta é a realidade para milhares de brasileiros, mas existem profissionais que vivem literalmente de mágica. O dia do mágico é comemorado mundialmente no dia 31 de janeiro e, apesar das dificuldades, tem muita gente talentosa que só tem motivos para festejar.
É o caso do mágico Antenor Delfino Bonifácio, 74 anos, que coleciona boas histórias, amor e 48 anos de dedicação a essa arte milenar. Sua história começou discreta, mas aos poucos seu nome tornou-se referência para muitos profissionais. No começo da entrevista o mágico parecia tímido, mas basta alguns minutos de conversa com o Delfus, assim conhecido por milhares de pessoas, para entender o motivo de seu sucesso: humildade.
“Eu, desde criança, me interessava pelas apresentações dos mágicos e resolvi fazer um curso por correspondência naquela época. Fui entrando no ramo e trabalhei em diversas cidades de São Paulo e região. Em 1975 eu vim para Curitiba e abri uma loja de produtos para fazer mágica, foi onde eu me consolidei e passei a ser conhecido como “o mágico do Paraná”. Hoje tá muito melhor do que antigamente, já que dá pra dar palestra, dar aulas particulares, se apresentar em espetáculos, festas infantis e até mesmo fabricar produtos”, explicou orgulhoso.
Na família de Delfus ninguém seguiu a profissão, mas muitos colegas passaram a se inspirar no amigo, que além de se apresentar, ainda dá uma “mãozinha” para quem está começando no ramo. O palhaço e mágico, Fernando Saez, 54 anos, conhecido como palhaço “Piri”, começou em outra área do entretenimento, mas foi graças ao amigo que aprimorou a profissão.
“Eu vivo disso há 36 anos, mas há 10 anos eu acrescentei a mágica nas minhas apresentações como palhaço. O palhaço hoje em dia tem bastante atividade e incluí a mágica nesse meu pequeno show de uma hora e meia. Na minha família o meu neto, o palhaço Feijão, de 8 anos, gosta bastante e até se apresenta comigo algumas vezes, mas eu não insisto, deixo ele brincar quando quer. É bastante divertido”, contou rindo.
Alegria no hospital
O mágico Rodrigo Botura, 21 anos, além de se apresentar em eventos ainda proporciona alegria a pacientes de hospitais em seu tempo livre. O jovem iniciou a carreira aos nove anos de idade e encontrou no circo sua grande paixão. Hoje, ele costuma passear por salas de espera de hospitais para levar alegria a dezenas de pacientes que sofrem com a rotina hospitalar.
“É muito gratificante, porque é um ambiente em que as pessoas não estão acostumadas com essa interatividade. E a mágica é pra aliviar a espera, mas, sobretudo, trazer um pouco de encanto e fantasia. No começo elas estranham a minha presença, mas basta uma brincadeira para a diversão começar”, contou animado.
Na última semana o mágico visitou o Hospital São Vicente e por lá conversou com diversos pacientes que aguardavam por consultas. O mágico chegou de surpresa e garantiu alguns minutos de diversão. “Eu achei muito gostoso, até me candidatei para participar como ajudante e é muito bom para passar o tempo mais rápido. Ficou mais agradável esperar brincando”, relatou a paciente Maria Leonor Velasquez, 62 anos.
Para ser voluntário no Hospital São Vicente, basta entrar em contato com a assessoria de imprensa.